Um momento histórico
Fiel a uma experiência na vida político-partidária, que já vai correndo por alguns anos, percebo que uma das razões de Juiz de Fora e a região enfrentarem dificuldades e limitações ao encaminhar seus problemas aos governos, e receber acolhida, é a reduzida representação parlamentar, sem desconsiderar que em alguns momentos tivemos posição altamente destacada, como se deu com o presidente Itamar Franco. Falo, particularmente, de nossa presença nas casas legislativas, onde torna-se necessário conciliar qualidade e quantidade. Não bastando que tenhamos bons parlamentares, mas que sejam também numerosos. Conciliar a expressão política com a força de bancadas numerosas.
A quem se dispuser a avaliar o atual quadro de candidatos que os partidos estão submetendo ao eleitorado não será difícil identificar que há boas opções, entre novatos ou veteranos, que trazem propostas consistentes, além de representarem correntes diversas do pensamento político. O que me leva a crer que esse elenco tem como acolher as mais diversas correntes ideológicas.
Não será, portanto, por restrições de ordem partidária ou de ideias que Juiz de Fora e a Zona da Mata deixarão de se fazerem representar – e bem representar – na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, com a eleição do próximo domingo.
Outro detalhe que ajuda a considerar esses homens e essas mulheres, no momento do dever cívico do voto, é que, para tranquilizar ainda mais, são candidatos que, em sua grande maioria, já tiveram oportunidade de demonstrar identidade com as questões que mais afligem as populações deste nosso lado de Minas.
Abre-se, portanto, uma excelente oportunidade para a construção de uma representação política adequada e ajustada aos interesses regionais. Claro, é uma responsabilidade de todos, mas começando por Juiz de Fora, que tem compromissos de histórica liderança na região.
Julgo importante pensar nisto, nesta hora maior da cidadania.