De Ermírio a Mariano Procópio!
A morte não existe, a não ser na mente e no coração daqueles que se esquecem de que também são habitados pelo elo mais importante entre a vida e Deus: o espírito! Sabem o que me inspirou a escrever estas palavras? A “morte” de um grande homem: Antônio Ermírio de Moraes! Um homem com H! Uma figura simples, humana, conciliadora, idealista e empreendedora! Um tipo de ser humano que sempre soube ser capaz de se ver em todo semelhante, e, mais que tudo, ver seu semelhante ao olhar-se ao espelho! Mecenas, se decepcionou ao entrar na política, confirmando o que hoje se faz lugar-comum, transferindo para as artes suas – existenciais, para a saúde (veja o Hospital da Beneficência Portuguesa) -, como escritor de artigos para grandes jornais e autor de peças teatrais! Uma figura inesquecível e que deve servir de roteiro para a vida real de nossos atuais e futuros líderes na política, na ideologia, na religião e, especialmente, na condução desse magnífico Brasil ao lugar de destaque entre as grandes nações que acreditaram naquilo que Schiller tão brilhantemente afirmou, ao inaugurar as aulas da Universidade de Jena: “Der Zukunft Jetzt!”, ou seja, em bom português: “O futuro agora!”.
Escrevo tudo isso de minha querida Manchester Mineira, minha Linda Princesa de Minas, e, mais que tudo, minha culta e metropolitana Atenas Brasileira, mesmo que mineira, a Juiz de Fora de tantos outros e esquecidos heróis como os Arcuri, os Halfeld, os Mariano Procópio, os Procópio Teixeira, os João Villaça, os Mello Reis, os Itamar Franco e tantos outros importantes juiz-foranos que marcaram suas presenças com obras maravilhosas, como o Parque Halfeld, o Museu Mariano Procópio, o mesmo Mariano Procópio da primeira estrada macadamizada do Brasil, ligando JF a Petrópolis, depois continuada para a Cidade Maravilhosa! E agora, com a construção de um túnel de cinco quilômetros, para pistas de descida e subida, abrindo as praias cariocas para modernos mineiros e juiz-foranos, ainda, invejosamente, chamados de cariocas do brejo… mas Minas não é brejo! O Aeroporto Internacional Itamar Franco – dos melhores do país! -, a Cidade Alta, com o Cristo Redentor, que merece um estratégico, moderno e atuante teleférico -, enfim, uma cidade imortal, pelo que dela fizeram figuras como as que acima citei, inspirado numa homenagem a Antônio Ermírio, com a lembrança de seus iguais mineiros, e que não pode ser entregue à sorte de destinos que não estejam de acordo com a resolução de Schiller: o futuro agora!