Paz na Terra


Por COMUNIDADE ESPÍRITA A CASA DO CAMINHO Iriê Salomão de Campos

01/11/2014 às 07h00

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. Assim João apontou em seu Evangelho a anunciação do nascimento de Jesus aos pastores. Estas palavras de grande potência emocional varreram o mundo de então, chegando aos nossos dias repletas da mais pura vibração de serenidade. Mesmo se em seu aspecto geral não entendamos ou testemunhemos em atitudes, em nosso íntimo, reconhecemos de maneira aconchegante e carinhosa que ouvir e ler estas palavras nos fazem bem.

Somos herdeiros de uma caminhada de violências e agressões, a história ministrada nas escolas é uma longa narrativa de destruições. O passado é presente neste cotidiano de dor, recoberto por novos discursos apoiados em ideologias distanciadas da paz, pretendentes do eterno poder a todo e qualquer custo.

É justamente a instabilidade emocional do ser humano e consequentemente da sociedade por ele criada e alimentada que as palavras que nos remetem a Jesus nos causam tanto impacto positivo, despertando emoções grandiosas, mesmo que por alguns momentos. Os instantes de sublimidade são breves não pela fragilidade dos ensinos e sim pela materialidade humana. Ainda acreditamos que o poder está no grito, na força, no dinheiro e na violência em todos os seus aspectos.

Dario, Aníbal, os Césares, Napoleão, Hitler, Mussolini, Stalin, e tantos outros, tinham seus pensamentos e suas ações norteadas pela ideologia da violência. E como terminaram suas vidas, quais exemplos e heranças deixaram, suas obras e supostos impérios persistiram algum tempo mais além?

Toda a beleza dos ensinos de Jesus justifica-se pela solidez imutável, principalmente ao serem confrontados com a fugacidade da chamada incorretamente realidade humana.

Ao pensar nas palavras iniciais deste artigo, “Glória a Deus nas alturas”, estamos, dentre outras, reconhecendo a superioridade Divina sobre tudo mais. “Paz na Terra aos homens de boa vontade” significa também que para haver paz é indispensável a “boa vontade” que se expressa em nosso empenho de aperfeiçoamento e progresso. Mantendo esforço concentrado de modo a não se contaminar pelas intempéries, evitando a todo custo a divulgação do mal, mantendo a mente sã em equilíbrio, para que as palavras edificantes encontrem morada em nosso coração, sendo multiplicadas em ações e gestos construtivos.

Somente com nosso empenho e esforço pessoal poderemos fazer verdade às palavras da anunciação: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

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