Obras necessárias
Concessionária da BR-040, entre Juiz de Fora e Belo Horizonte define as primeiras obras na rodovia a partir de agosto
É de conhecimento público que o trecho entre Conselheiro Lafaiete e o trevo de acesso à rodovia que leva a Ouro Preto é o mais crítico da BR-040, que, a partir do dia 6 de agosto, passa para o controle da Concessionária EPR, mas há outros pontos que carecem de ações imediatas por também significarem áreas de grande risco. Em Santos Dumont, a 47 quilômetros de Juiz de Fora, quatro viadutos, um deles em curva, continuam sendo um desafio para os usuários, sobretudo o que passa sobre a linha férrea, no Bairro Nossa Senhora das Graças. Nem antes nem depois da assinatura do contrato se falou o que seria feito deles.
Ressalte-se que o tema ficou fora da agenda quando a Via 040 assumiu a concessão e durante toda a sua gestão pouco foi feito na região. A nova concessionária, num primeiro momento, anunciou apenas reparos na pista a partir de Juiz de Fora.
É fato que ainda não se sabe o que é mais caro: construir um novo traçado ou reconstruir os viadutos. O projeto inicial previa um novo traçado em vários pontos perto da cidade, mas isso não aconteceu.
Os usuários esperam que a BR-040, uma das mais importantes do país, seja uma via segura, e esse é o ponto de partida para a implementação de obras. Como a Tribuna destaca nesta edição, em reunião na manhã da última segunda-feira (29), a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a concessionária EPR Via Mineira apresentaram o projeto que prevê a duplicação de 164 km, 42 km de faixas adicionais, 15 km de vias marginais, 14 km de ciclovias, além de 33 dispositivos de interconexões e oito passarelas, beneficiando 15 municípios mineiros e cerca de 4,3 milhões de habitantes.
No caso de Santos Dumont e Juiz de Fora, a EPR informou que aguarda a emissão de Autorização de Operação pelo Ibama para início das atividades na Faixa de Domínio, com foco nos terraplenos.
Por mais de uma vez, a Tribuna destacou a necessidade de investimentos de longo prazo na rodovia, que começou como BR-3 e hoje é um dos principais corredores rodoviários do país, unindo duas das mais importantes capitais do país, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e chegando a Brasília, a capital federal. Durante todo esse l tempo, o percurso foi acumulando demandas que precisam ser resolvidas enquanto é possível.
Pelo lado Sul, a Região Serrana é o principal gargalo, e o Governo já anunciou que vai assumir a retomada das obras, mas não disse quando. No trecho da nova concessão, há esperanças de que agora os projetos sejam implementados. A Via 040 também fez uma série de anúncios, mas esbarrou na imprevisibilidade dos números da economia. Os custos ficaram maiores do que a receita e o resultado todos sabem.
A EPR tem expertise em pedágios o que cria expectativas sobre o que será feito nos próximos sete anos. Os projetos anunciados para esse período são ambiciosos, mas necessários, sobretudo para garantir uma viagem segurança aos usuários que por ela passam frequentemente.
Além disso, espera-se que as mineradoras também façam a sua parte e concluam a Rodovia do Minério, tirando os caminhões da BR-040. Trata-se de projeto no qual todos ganham.