DESAFIO MUNICIPAL


Por Tribuna

29/12/2015 às 07h00- Atualizada 29/12/2015 às 08h31

Ser prefeito de sua cidade, sonho acalentado por todos os políticos, tornou-se mais do que isso. Agora, também é um desafio, tal o grau de dificuldade para administrar uma prefeitura, sobretudo nos tempos de vacas magras, como agora, em que a maioria dos municípios fecha o ano em sérias dificuldades. Levantamento efetuado pelo jornal “O Globo”, no último domingo, indica que até mesmo as capitais, cujos repasses são bem mais generosos, estão em em crise. Relatórios entregues pelos prefeitos das capitais ao Tesouro Nacional no início do mês revelam que 14 das 22 prefeituras que apresentaram seus balancetes fiscais investiram menos este ano do que em 2014. O pouco recurso que resta é destinado a despesas obrigatórias, como folha de pagamento.

Se nas capitais é esse o cenário, é possível considerar a situação dos demais municípios onde os investimentos também desabaram por causa da queda de arrecadação. Até os estados vivem situação semelhante, uma vez que as transferências da União minguaram. A exceção é a cidade do Rio de Janeiro, mas há explicação: o município recebeu o maior volume de obras por conta dos Jogos Olímpicos de 2016. Não fosse assim, estaria na mesma situação dos demais, cujos prefeitos batem às portas dos governadores, que, por sua vez, correm para Brasília. E o dinheiro não sai.

Inserida nesse contexto, Juiz de Fora também tem desafios importantes, muitos deles em decorrência de ações do Estado e da União, como as obras do Hospital Regional e da BR-440, e até mesmo para conclusão de projetos que o ministério prometeu, mas não reformulou as condições, como é o caso do Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos. Mas a saúde continua sendo o maior gargalo por conta dos investimentos que devem ser permanentes e intensos, como a Tribuna já mostrou.

A campanha eleitoral de 2016, embora de curta duração, será um momento único para se discutir o cenário, sobretudo por não haver perspectivas de melhoras no ano que vem. Ao atual Executivo, a missão de dizer como vai continuar tocando a máquina pública. Aos adversários, que solução têm num momento de tantas incertezas.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.