AÇÃO POLÍTICA
Na reunião de amanhã com os governadores, a presidente Dilma Rousseff irá pedir apoio para garantir a estabilidade política, enquanto estes estarão no evento mais preocupados com a situação econômica. E há motivo para isso. A maioria dos estados não consegue fechar suas contas, e até o poderoso Governo de São Paulo irá dizer que só de ICMS perdeu R$ 750 milhões por mês, enquanto o Rio tem uma conta mais expressiva: R$ 1 bilhão.
Nessa ciranda de números, os municípios ficam com a pior parte, tornando-se reféns da União e do Estado. Instância de contato direto com o eleitor, os prefeitos passam o boné em Brasília e nas suas capitais sem perspectiva de sucesso. E Juiz de Fora não é exceção. Na edição de domingo, a Tribuna apontou uma série de obras que, a despeito de sua importância, estão inacabadas por conta da falta de repasses. Muitas delas, ainda, de outras administrações, já que o arrocho vem de longa data. Em outras, o entrave é a contrapartida, algo que o Município não tem meios de executar.
De novo, é fundamental o papel do poder político das bancadas estadual e federal. Na sua recente visita a Juiz de Fora, para o Fórum Regional, o governador Fernando Pimentel anunciou a retomada de vários investimentos, resultado não só de sua ação direta mas também da pressão da representação estadual, hoje formada por cinco parlamentares.
Essa mesma bancada, reforçada pelos federais – também em mesmo número -, é a principal alternativa para se pressionarem os gabinetes de Brasília pela volta dos investimentos. Caso contrário, a cidade, seja qual for seu administrador, ficará à mercê dos técnicos dos ministérios e das secretarias estaduais. E estes só olham números, a despeito de todas as demais circunstâncias.