ARENA POLÍTICA
Governo e oposição voltam à arena política nesta semana, depois da parada obrigatória do feriadão, com a certeza de que irão convencer o Judiciário e as ruas de que estão certos nas suas argumentações. Os próximos dias serão decisivos, uma vez que alguns prazos já estão se esgotando, e a tomada de decisões se faz necessária. No Congresso, a presidente Dilma Rousseff deverá apresentar sua defesa na comissão especial criada para avaliar o pedido de seu impeachment, enquanto na Justiça esperam-se novos passos do ministro Teori Zavascki, que, na condição de relator da operação Lava Jato, deverá tomar novas medidas.
Pouco se sabe como será o amanhã, mas, se não houver decisões enfáticas, a tensão nas ruas irá prevalecer. Já surgiram embates diretos que não interessam ao debate que se estabeleceu, pois, quando se parte para “os finalmentes”, é sinal de que os argumentos estão indo por água abaixo.
Mas o lado perverso desse enredo não se esgota na instância política. Os números da economia são cada vez piores, inclusive nos indicadores de desemprego, apontando para um país à espera de soluções. Os investidores, por mais fé que tenham no país, estão com um pé atrás, já que não há certezas sobre os próximos movimentos.
Com a economia parada, o clima tende a ficar mais tenso, já que os reflexos são imediatos no dia a dia da população. Acostumado ao ciclo virtuoso da economia, o consumidor rejeita a possibilidade de volta dos tempos de inflação. Por isso, não dá para manter o atual cenário por muito tempo. Nele, não há vencedores.