OUTRA AGENDA
As conversas paralelas sobre a sucessão municipal ocorrem num momento inadequado, pois o país, num cenário de incertezas políticas e econômicas, não dá margem para outros discursos senão o de como encontrar a luz no fim do túnel. Falar em nomes, então, é um mero exercício de especulação, uma vez que ninguém está disposto a se colocar em cena para ficar sob chuvas e tempestades. As listas fazem parte dos bastidores, mas param por aí. Com uma reforma mal engendrada na Câmara e com riscos de sofrer mudanças no Senado, nem as regras do próximo pleito estão definidas.
Faltando mais de um ano para as eleições, as conversas devem ser voltadas para outras ações, como os projetos que podem beneficiar a cidade. A visita do governador Fernando Pimentel, na semana passada, provou que a unidade das lideranças políticas e empresariais pode dar bons frutos, já que o mandatário se mostrou aberto ao diálogo. Os projetos por ele anunciados podem ser parte de um amplo pacote de medidas, muitas delas levantadas em diversas discussões, como o encontro regional realizado há cerca de quatro anos.
Cabe, agora, aos deputados federais também entrar no jogo. Muitos projetos levantados naquele fórum e outros tantos colocados no detalhado trabalho da Fiemg Regional dependem do Governo federal. Da mesma forma que os deputados estaduais, independentemente de suas diferenças, fizeram chegar ao Governo as demandas da Zona da Mata, os parlamentares federais podem fazer o mesmo, deixando a sucessão e outras idiossincrasias para outro momento.