Obras paradas

Governador eleito busca parceiros para concluir o Hospital Regional, mas o Estado não deve se omitir se não houver interessados em tocar o projeto adiante


Por Tribuna

18/12/2018 às 07h00

O governador eleito, Romeu Zema, não dourou a pílula ao abordar investimentos na Zona da Mata e foi objetivo ao tratar do hospital regional, obra que já deveria ter sido concluída há anos – bastando ver os investimentos ao seu redor – e que continua sendo um problema para o Estado. Indagado pelos repórteres da Tribuna e da Rádio CBN Juiz de Fora, ele foi claro: só com parceria será possível avançar. O governador Fernando Pimentel, quando em campanha, garantiu que iria terminar todos os hospitais regionais em construção em Minas. Não colocou um só tijolo na obra no Bairro Santa Lúcia.

Mas antes dele a situação também não evoluiu. Iniciado ainda na gestão Aécio Neves, o hospital tornou-se um problema para o Estado diante da crise financeira. Várias empresas ganharam a concorrência e acabaram inadimplentes. Como consequência, o projeto parou, como agora, sem perspectiva de retomada, salvo, como destacou Zema, se algum parceiro se interessar.

O governador eleito tem razão, mas não pode, se não houver parceiros, deixar tudo como está. A região tem uma demanda ascendente de pacientes e carece de um hospital que atenda a esse fluxo. A rede hospitalar de Juiz de Fora está saturada e tem problemas de investimentos, sobretudo no atendimento para a população mais carente desprovida de planos de saúde. Ademais, deixar a obra ao sabor do tempo é contribuir para mais despesas para o Estado, já sem meios para fechar suas contas.

O Governo, em vez de apresentar novos projetos, deve investir na conclusão das obras paradas, como o hospital. Só a partir daí é que deve iniciar novas ações. Se isso ocorrer, já terá dado um passo importante, pois, no atual cenário, quem perde é a população.

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