Não pode esperar
O prazo de oito meses para contratação de serviços de manutenção de câmeras de vigilância é demasiado longo para uma causa tão importante
A falta de manutenção das câmeras do Olho Vivo, como a Tribuna apontou na edição desta terça-feira, é um dado relevante que carece de solução imediata, por tratar-se de um instrumento importante no combate ao crime. Graças às imagens, muitas ocorrências foram elucidadas ou até mesmo inibidas pelos agentes públicos. O outro lado também é verdadeiro: na ausência da vigilância, várias ocorrências, especialmente na área central, ainda estão em apuração, com comprometimento pela falta de imagens. Dois casos de crimes contra o patrimônio foram inseridos nessa situação. Os proprietários registraram o furto, mas não tiveram meios de reconhecer os autores.
Não é de hoje que a cidade clama pela instalação de câmeras de vigilância por meio do programa Olho Vivo. Sua implementação, depois de anos de discussão, foi um considerável avanço, por ampliar a sensação de segurança, ajudar no trabalho da polícia e, também, intimidar os criminosos. A partir da instalação do projeto, o número de furtos e roubos em áreas críticas caiu consideravelmente.
A falta de manutenção é preocupante. Já na implantação das câmeras, era necessário contratar serviços para evitar qualquer tipo de pane. Esperar a ocorrência de defeitos acaba sendo um problema bem mais amplo por conta das consequências. Ademais, como o jornal também apontou, há oito meses, esse serviço não está sendo prestado. No sábado, a Prefeitura, a quem cabe a competência, publicou ata de prestação de serviços para este fim.
Os próprios agentes públicos observam que o pedido já tinha sido feito há tempos, mas, no serviço público, os ritos precisam ser seguidos para garantir a sua definição dentro dos princípios legais. Tal dado não é desconhecido, mas a burocracia precisa atuar sob o princípio da eficiência, dando prioridades a questões de direto interesse coletivo que não podem ficar esperando. Durante esse período, muitos casos, certamente, passaram em branco ante a falta de registro de imagens, o que, por si só, justifica a necessária pressa para solução do problema.