AÇÃO COLETIVA


Por Tribuna

12/12/2015 às 07h00

As medidas de combate ao Aedes aegypti só serão bem-sucedidas se a comunidade também se envolver. A prática comum de remeter ao Estado a solução de problemas não funciona nesse caso, uma vez que não basta o agente sanitário visitar residências e apresentar propostas de profilaxia se o cidadão não comprar o discurso e colocá-lo em prática. Aos órgãos públicos, sim, cabe a responsabilidade primária de induzir a participação e executar medidas diretas, como redução do lixo nas ruas, saneamento de córregos, enfim, ações que fazem parte de seu cardápio. Aos demais, porém, é fundamental cobrar engajamento, mesmo que com simples gestos, como observar e acabar com focos de mosquito no seu entorno.

O novo perfil de contaminação acendeu a luz amarela. Se antes a dengue era a única doença, o que já é razão suficiente para preocupação, a possibilidade de disseminação da febre chikungunya e do zika vírus aponta para ações mais drásticas e permanentes. A cultura comum é de leniência aos primeiros índices positivos. Só que o cenário mudou. A dengue deixou de ser sazonal e passou a ser uma endemia permanente, bastando acompanhar os números. Embora em alguns períodos a contaminação seja maior, não se pode mais falar que acabou, como era comum nas primeiras levas do Aedes.

As campanhas de esclarecimento são fundamentais, sobretudo quando não só avisam mas também convocam a população. Mas é fundamental que outros multiplicadores entrem em cena, como as escolas, em todos os níveis, a fim de apontar para os estudantes a necessidade de também levar para o seu meio as informações. Trata-se de uma causa em que todos são protagonistas.

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