Troca de experiências
Eventos como o JF Summit devem ser mais frequente, pois facilitam a integração e dão margem para se conhecer projetos de sucesso que podem servir como referência
Um auditório totalmente lotado, mesas de negócios implementadas e espaços de lazer e gastronomia em plena efervescência. Este foi o cenário dos dois dias da JF Summit, no Espaço Terrazzo, dando provas da importância de eventos de tal porte e de seus desdobramentos em vários segmentos. A troca de experiência também se fez presente nos diversos painéis; os ‘cases’ apresentados por palestrantes destacaram a arte do possível, sobretudo no campo do empreendedorismo.
Buscar novas experiência é um dado real no mundo moderno assim como a necessária criatividade para se avançar num universo tão competitivo. Nos dois dias, ficou claro que a ousadia é uma ferramenta fundamental, assim como a elaboração de processos de gestão, que reduzem os erros, embora estes também sejam pedagógicos, pois é com eles que se aprende para não repetir.
Ao fim e ao cabo, ficou clara a necessidade de eventos para consolidar a cidade como uma referência. Ao contrário do velho e surrado discurso que perpassa a região, apontou-se para outro lado: há talento e empreendedores dispostos a investir em Juiz de Fora e na Zona da Mata. Os grandes centros estão saturados e, à medida em que são criadas políticas de incentivo, os negócios também migram e se fixam onde lhe são dadas melhores oportunidades.
Ademais, num cenário eminentemente digital, as fronteiras foram rompidas e os negócios podem ser implementados de qualquer lugar. O que cabe às cidades é fornecer meios para esse processo, o que facilita, inclusive, a retenção de talentos. Com uma competente rede educacional, a cidade vê talentos buscarem outros polos. O desafio é retê-los sem lhes cortar os vínculos com os grandes centros.
O importante das feiras de negócios – daí a necessidade de incrementá-las – é a troca de experiência. Já no primeiro dia foi possível acompanhar depois de influenciadores e suas redes de suporte, assim como processos de lideranças empresariais que apostam na cidade sem perder a conexão com o mercado global.
O resultado de eventos de tal porte também repercute no potencial da cidade, que tem meios e capacidade de recuperar espaços perdidos, sobretudo no Estado. Não é de hoje que lideranças políticas e econômicas cobram maior assertividade do Estado nas demandas da cidade e da região. Por isso, quando se reúne um expressivo número de atores no mesmo evento, abre-se a perspectiva de mostrar o potencial regional, que tem talentos de sobra para serem aproveitados.
Que venham outros eventos, já que se trata de uma discussão permanente. A dinâmica do mercado não permite recuos e nem inércia. Estar linkado ao que ocorre em outras instâncias ou regiões tornou-se uma necessidade, pois só assim não se perde o bonde da história, cada vez mais rápido.