TERCEIRA IDADE
É senso comum que Juiz de Fora é uma cidade boa para viver, especialmente para aposentados, como os números ora apresentados pela Tribuna constatam. O grupo de militares é um dos mais expressivos, sendo que alguns deles voltaram depois de irem para a reserva. De acordo com o IBGE, a cidade tem cerca de 70 mil pessoas com idade acima dos 60 anos, o que cria um desafio e tanto para os gestores municipais. A despeito das políticas já em vigor – e não são poucas -, ainda faltam outras ações para esse público especial, inclusive nas escolas.
Da mesma forma que é importante, desde cedo, visitar um gerontologista, se preparando para o envelhecimento, é fundamental abrir espaço nas escolas para se discutir a relação com os idosos. Em muitas famílias, embora seja ele o gestor financeiro, tratá-lo como um problema é comum, em que ele é visto como um estorvo. É um contrassenso que extrapola os lares e vai para as ruas, como se queixaram entrevistados pela Tribuna, na edição de domingo, ao citarem o desrespeito praticado especialmente pelos jovens.
Alguns países, a maioria do oriente, têm outra cultura, em que o velho é o centro das atenções principalmente para repassar suas experiências. Discutir essa relação deveria ser tarefa inicial das famílias, passando pelas escolas, a fim de apontar para os que estão abaixo dos 60 que um dia chegarão lá, o que faz deles potenciais vítimas desse mesmo preconceito que hoje adotam na relação com a terceira idade.