ATOS EXTREMOS


Por Tribuna

11/03/2016 às 07h00- Atualizada 11/03/2016 às 08h19

Diversos setores dos movimentos políticos, sobretudo aqueles envolvidos no confronto entre governistas e oposicionistas, antecipam suas preocupações com as manifestações do próximo domingo. Não por elas em si, pois o discurso será recorrente, mas pela possibilidade dos riscos, que são cada vez mais intensos. Os últimos discursos pregando o embate são um desserviço à própria democracia, pois despertam segmentos que apostam no caos extremo para se revelarem, como já apontam alguns indícios. E se houver um cadáver? Neste caso, há sempre a possibilidade de perda do pouco controle que ainda resta.

O aumento da temperatura política dos últimos dias foi apenas o ponto inicial de ações que podem vir pela frente, dependendo não apenas da repercussão dos atos de Governo mas também pelas discussões que ora se desenvolvem no Congresso e no Supremo Tribunal. As várias frentes ainda não chegaram a conclusões, pois estas são interrompidas por frequentes medidas protelatórias, como as praticadas pelo deputado Eduardo Cunha. No dia em que houver o mérito, muita coisa pode acontecer, embora o Barão de Itararé sempre recomendasse prudência, pois de onde menos se espera pode não vir nada.

A recente condução coercitiva do ex-presidente Lula foi a chama que faltava nesse palheiro, agora prestes a chegar a níveis extremos. As ações e reações, agora, é que vão definir o jogo, havendo necessidade da prudência para não se colocar em risco o próprio processo democrático, que boa parte destes envolvidos – em ambos os lados – ajudou a conquistar. O jogo do nós contra eles é sempre preocupante, pois não dá margem para entendimentos de nenhum dos lados.

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