GUERRA AO MOSQUITO
Quando os primeiros casos de dengue surgiram no país, a mobilização das ruas funcionou, mas bastou o número refluir para a situação voltar à estaca zero. Em todos os setores, o quadro foi considerado debelado, no que constituiu um equívoco coletivo. O país, hoje, vive um quadro de epidemia de dengue, com um agravante: o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela propagação da febre chikungunya e o zika vírus. Na edição de ontem, a Tribuna mostrou que 23 municípios da Zona da Mata têm quadro de epidemia. Mais do que isso, em alguns deles, a situação está totalmente fora de controle.
Os argumentos são vários, mas os prefeitos ouvidos tanto pela Tribuna quanto pela Rádio CBN apontaram a falta de equipes para o trabalho de campo, estando, agora, à espera de repasses estaduais para intensificar as operações. O prefeito de Ubá, Vadinho Baião, acentuou que a culpa, porém, não é só do Poder Público. E tem razão, embora deste seja a obrigação de implementar políticas de combate ao mosquito e jornadas de esclarecimento da população, esta também precisa fazer a sua parte.
Em mais de uma ocasião, a Tribuna, neste mesmo espaço, chamou a atenção para o envolvimento coletivo. A comunidade tem que fazer a sua parte com medidas simples, vigiando pontos de alagamento e combatendo o descarte sem controle do lixo. Enquanto os segmentos público e privado não se envolverem plenamente na causa, o Aedes continuará espalhando o vírus e fazendo do país o centro de uma doença que poderia estar debelada há tempos.
As redes sociais serão um canal importante de propagação não apenas de dados mas de advertência, chamando a atenção para pontos de proliferação e cobrando medidas profiláticas. A luta é, pois, de todos.