DESAFIOS DO NOVO ANO
Passado o período de férias, e mesmo tendo ainda um recesso de início de ano, as instâncias políticas e econômicas começam a enfrentar os desafios de 2016, um ano marcado por uma série de eventos, como as eleições municipais de outubro, mas também pela busca de um novo norte para a economia e para a própria política. A reforma que se esperava não veio, mas os parlamentares precisam lançar um novo olhar sobre suas atividades, uma vez que o atual modelo se mostrou vencido pelo próprio tempo. O Congresso, a despeito de seus 513 deputados e 77 senadores, é comandado por uns poucos, e, quando estes atuam, os demais passam a ser meros coadjuvantes, a despeito do valor idêntico de seus mandatos.
Só assim se explica, por exemplo, o modo soberano como o deputado Eduardo Cunha preside a Câmara Federal. Sua última ação, como denunciaram jornais do Rio de Janeiro, foi retirar da Rádio Câmara as gravações dos deputados que lhe fizeram críticas, como se tivesse esse poder acima dos demais. O novo ano precisa reformar tais relações, da mesma forma que se espera do Governo uma guinada na economia. Os números que fecharam a agenda de 2015 são preocupantes, e os próximos passos do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, decisivos.
O que não pode é manter um cenário idêntico ao de 2015, quando as incertezas refletiram em todos os setores, sobretudo na economia, num ano para se esquecer, fruto, sobretudo, de ações equivocadas do Governo, que agora precisam ser repensadas.