Fóruns de discussão
Avaliar políticas públicas com amplo envolvimento é a alternativa adequada na busca de soluções, principalmente quando o alvo é a própria comunidade
Com uma estrutura que vai desde o Expominas até a espaços de menor porte, Juiz de Fora tem que se afirmar cada vez mais como centro do turismo de eventos. Ele dá visibilidade, traz recursos e incrementa toda uma cadeia do setor produtivo, a começar por hotéis, bares e restaurantes, que ganham uma demanda extra. Este ano, vários projetos se desenvolveram com amplo sucesso, como o encontro da Federaminas, do CDL, envolvendo lideranças do setor lojista de todo o estado, a Expolac, a maior feira de negócios do setor leiteiro, e o Miss Gay, que traz milhares de pessoas a Juiz de Fora, entre outros, como as exposições envolvendo carros e motos, que mobilizam aficionados de todo o país.
Sem as benesses da natureza, a cidade, porém, é contemplada com um dado estratégico: está entre três das maiores capitais do país e conta com uma malha rodoviária importante. São duas rodovias federais e outras estaduais, além de um aeroporto regional capaz de receber voos de grande porte. O único entrave é o acesso, que carece de novos investimentos. Se for confirmada a sua vocação industrial, mantendo os voos comerciais, o Estado terá que discutir parcerias para a duplicação da MG-353, que faz a ligação com Juiz de Fora.
Além disso, a cidade é a porta de entrada de um dos principais parques florestais do país. O número de turistas em Ibitipoca é cada vez mais expressivo, e boa parte dele coloca Juiz de Fora em seu roteiro.
O turismo tornou-se uma agenda importante nos governos por conta do seu apelo. Por isso, é fundamental considerar os organismos envolvidos como parceiros estratégicos, tanto no setor público quanto no privado, para discutir políticas próprias, como já é comum, em várias instâncias. Na semana passada, dois eventos consolidaram essa leitura. Empresários de todo o estado, organizados em clubes lojistas, discutiram uma série de ações para o setor num encontro regional. Há muitas demandas cuja solução só se efetiva em projetos conjuntos.
Vale o mesmo para a segurança pública. A primeira Conferência Municipal de Segurança terminou com a aprovação de 27 propostas, que perpassam vários setores, na busca de soluções para o combate à violência. Foi um fórum no qual vários atores e de vários segmentos apresentaram suas sugestões. No turismo não deve ser diferente.