Os políticos terão que inovar a prática política já na próxima campanha em virtude não apenas das novas regras mas também pelo cansaço do eleitor com os discursos surrados, apontando solução dos problemas, quando nem eles (especialmente os candidatos) têm condição de dar qualquer garantia. O resultado desse velho modelo são ações inacabadas por conta das próprias circunstâncias. O discurso de campanha não é seguido na prática, causando frustração, como é possível ver, sobretudo, na instância nacional.
Para a disputa municipal, a situação não será diferente. A campanha será de tiro curto, e, sem o financiamento privado, os políticos terão que inovar. Com o avanço das redes sociais, a internet é um caminho a ser utilizado com melhor eficiência, pois é possível chegar a todos os cantos sem a presença física do candidato. Mas é preciso ter atenção: vender ilusão é um tiro no pé, uma vez que este mesmo eleitor tem ferramentas adequadas para aferir a extensão da promessa e verificar se ela é ou não factível.
Mais do que nunca, a adoção de uma postura ética será fundamental, pois quem segue tais princípios não avança o sinal e nem promete o que não vai cumprir. As ruas estão atentas, por estarem escoladas, exigindo um proselitismo moderno, capaz de inovar com medidas que possam, de fato, mudar, para melhor, a vida da sociedade.