MP investiga corrupção passiva e lavagem de dinheiro dentro do sistema prisional

Ação realizada nesta quinta-feira faz parte da terceira fase da Operação Mecanismo


Por Pâmela Costa

31/08/2023 às 11h00

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Operação acontece nas cidades de Muriaé e Palma (Foto: Divulgação/MPMG)

Com inicio na manhã desta quinta-feira (31), a terceira fase da Operação Mecanismo investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticado por policiais penais nas cidades de Palma e Muriaé. Durante a manhã, três mandados foram expedidos.

De acordo com as apurações coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e as Polícias Militar e Penal de Minas Gerais, um esquema criminoso acontece dentro do sistema prisional, com a permissividade de agentes públicos.

O esquema evidencia trocas de favores indevidas, como o fornecimento e o uso de aparelhos celulares dentro das celas. O mesmo ocorre com a facilitação de transferência de alguns presos, indica investigação do Gaeco. A propina fruto do esquema era depositada em contas de terceiros, chamados de “laranjas”, para ocultar a transição dos valores.

Juiz de Fora foi um dos alvos de outras fases da operação

A primeira fase da operação Mecanismo, que ocorreu em abril de 2022, também investigou os crimes de corrupção passiva, prevaricação, associação criminosa e tráfico. Neste primeiro momento, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Juiz de Fora, Muriaé, Ervália, Guiricema, Visconde do Rio Branco, São Geraldo, Rio de Janeiro e Palma.

Além da apreensão de munições, também foram encontrados porções de cocaína, aparelhos eletrônicos e R$ 35 mil em espécie. Celulares também foram descobertos nas buscas feitas na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires e no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu III).

Um mês depois, a segunda parte da operação entrou em curso. O alvo foi a cidade de São Geraldo e, novamente, Juiz de Fora. O balanço da ação foi positivo na época, com trinta celulares apreendidos, três policiais penais presos e R$ 55 mil em dinheiro.

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