Esquema de pirâmide financeira é desmantelado em Barbacena

Três pessoas foram presas sob suspeita de aplicarem golpes, cujo prejuízo supera R$ 15 milhões em três estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia


Por Pâmela Costa

20/06/2023 às 17h17

Organização criminosa que aplicava golpes por meio de esquema de pirâmide financeira foi desmantelada, nesta terça-feira (20), na Operação Midas, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Durante ação no Distrito de Correia de Almeida, em Barbacena, três pessoas foram presas sob suspeita de aplicarem golpes, cujo prejuízo supera R$ 15 milhões em três estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Durante a ação do grupo, foram abertas duas empresas para tentar captar recursos e realizar lavagem de dinheiro. A primeira foi uma suposta corretora de valores – que funcionava sem autorização de órgãos competentes. A outra, por sua vez, oferecia aulas de operação na bolsa de valores.

Ainda durante a investigação, a Polícia Civil identificou que um homem e duas mulheres aplicavam golpes com a promessa de juros de 2% ao dia. De acordo com os golpistas, o lucro tinha origem em operações na bolsa de valores. Diante da apuração dos militares, foi constatado que os investigados possuíam alto padrão de vida e isso os aproximava de potenciais clientes para suas atividades ilícitas.

Três mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão foram realizados. Na ação, foram apreendidos documentos, uma arma de fogo calibre 32, dez cartuchos intactos, mídias e aparelhos eletrônicos. Somente no local em que foram presos, estima-se um prejuízo às vítimas, próximo a R$ 1,5 milhão. Contudo, somando os golpes realizados nos três estados por onde a organização atuou, o montante passa de R$ 15 milhões.

Os três suspeitos receberam voz de prisão e foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Barbacena.

Como funcionava o golpe

Conforme informado pela Polícia Civil, a atividade criminosa do grupo se assemelhava ao “esquema ponzi”, em que são prometidos ganhos acima da média do mercado. Primeiro é criada uma pirâmide financeira, em que os últimos clientes pagam valores parciais para os primeiros. Por meio dessa etapa, as vítimas acabam acreditando que logo receberão valores depositados. Entretanto, o golpe se dá, justamente, porque aqueles que chegaram por último nunca receberão qualquer quantia, por não ter captação de recursos.

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