Reparo de trecho interditado da MG-133 é iniciado nesta segunda
Via, que está bloqueada desde janeiro, ficará em obras por, pelo menos, mais dois meses
Mais de seis meses após abertura de cratera que vitimou uma mulher, no dia 29 de janeiro, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) iniciou a recuperação asfáltica do trecho interditado da MG-133 nesta segunda-feira (17). Conforme a regional do DER em Ubá, ao menos dois meses serão necessários para concluir a reconstrução da estrada na altura do km 21, após atraso no início das obras em função da demora para disponibilização dos recursos.
A informação do início dos trabalhos foi confirmada pelo próprio DER, em contato com a reportagem da Tribuna. Segundo o coordenador da unidade regional de Ubá, José Eduardo Duarte, os recursos necessários foram, enfim, disponibilizados. “Nós vamos começar a execução da recomposição do aterro. O trânsito está funcionando normalmente, pelo desvio, mas, agora, vamos recompor a rodovia”, conta. A estrada é de responsabilidade estadual, de modo que a recuperação será realizada com recursos do Governo de Minas Gerais.
O desvio citado por Duarte se trata de um acesso alternativo inaugurado no dia 17 de fevereiro, que deveria ser uma medida paliativa, mas tornou-se única opção viável para quem fez o trajeto entre os municípios de Coronel Pacheco e Tabuleiro desde então. Naquele momento, não havia prazo para restauração do asfalto na estrada original, com o período chuvoso sendo um empecilho para os trabalhos, conforme posicionamento do DER, na época.
Após a passagem do período chuvoso, no entanto, veio a pandemia de coronavírus, que, conforme o coordenador regional, também foi fator preponderante no atraso do serviço. “A pandemia desacelerou muito o processo. Agora, a previsão é de que, em dois meses, terminaremos o trabalho, se tudo correr bem e as condições climáticas ajudarem”, assegura Duarte.
O caso
Na madrugada de 29 de janeiro, o asfalto cedeu, e uma cratera se abriu, “engolindo” dois caminhões e dois carros de passeio. O acidente envolveu sete pessoas, causando a morte de Suziane Oliveira Neves, 37 anos, que passava de carro com o marido. Entre a data do ocorrido e 17 de fevereiro, a área ficou interditada, enquanto a população dos municípios do entorno aguardava a conclusão do acesso alternativo.
Evitando o acesso alternativo construído na entrada de Tabuleiro, os viajantes teriam que dar a volta por cidades, como Rio Pomba e Piraúba. Uma viagem entre Juiz de Fora e Tabuleiro, por exemplo, chegaria a quase o dobro da extensão original, de 60 quilômetros aproximadamente, passando para 118 quilômetros.