Polícia Civil indicia mãe que confessou assassinato de filha de 7 anos

Mulher de 31 anos teria dopado e asfixiado a criança, além de desferir golpes de faca e cortar os pulsos da menina


Por Pâmela Costa

09/07/2025 às 12h12

A mulher de 31 anos que confessou ter matado a filha de 7, no início deste mês, em Leopoldina, foi indiciada por homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e por se tratar de um crime contra um parente. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9), quando a Polícia Civil anunciou a conclusão do inquérito que apurava o caso.

O crime ocorreu na manhã do dia (1º), por volta das 7h30, na Rua Renato Monteiro Junqueira, Bairro São Cristovão, em Leopoldina, cidade a cerca de 100 quilômetros de Juiz de Fora. Na ocasião, a mulher teria dopado a filha, a asfixiado, desferido uma facada no lado esquerdo do peito e, em seguida, cortado os pulsos da menina – que chegou a ser levada pelo avô ao hospital, mas não resistiu aos ferimento e foi a óbito. 

De acordo com a apuração da Polícia Militar no momento da ocorrência, o crime teria sido motivado por uma não aceitação da mulher em relação ao fim do relacionamento com o pai da criança. A mulher teria atentado contra a própria vida após o homicídio da filha. Ela foi encaminhada pelo Samu-Cisdeste até a Santa Casa de Caridade Leopoldinense, onde ficou internada por algumas horas até ser levada para o Presídio de Leopoldina. No dia seguinte, a mãe foi novamente transferida, desta vez, para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena – onde permanece até o momento. A suspeita teve a prisão em flagrante convertida para prisão.

Defesa se posiciona

A advogada Juliana Campos, responsável pela defesa da mulher, enviou uma nota à reportagem, diante do indiciamento da sua cliente. “Esclareço que estamos em processo de apuração dos fatos e análise minuciosa dos elementos que envolvem este caso. Como advogada de defesa, reitero que a presunção de inocência, um direito constitucional, deve ser respeitada e garantida em todas as etapas do procedimento, especialmente durante a investigação e possível processo judicial”, destacou.

A criminalista acrescentou, ainda, que é “fundamental” que as investigações prossigam de forma imparcial e que todos os elementos de prova sejam devidamente analisados diante da complexidade do caso. “O papel da defesa será sempre buscar a verdade, com a transparência e a ética que norteiam a profissão, garantindo que todos os direitos sejam preservados, conforme o ordenamento jurídico vigente. Como o processo está em andamento, não podemos nos aprofundar em detalhes específicos do caso, mas asseguramos que nossa atuação será pautada pela diligência, responsabilidade e respeito aos tribunais e à justiça.”

Tópicos: leopoldina

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