PJF apresenta plano de desenvolvimento econômico municipal
Proposta da Prefeitura estabelece guias para reflexão sobre a trajetória de desenvolvimento do município e possibilidades futuras
A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) apresentou, na noite de terça-feira (29), o “Plano de desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo” do município. O programa reúne reflexões sobre a trajetória da evolução econômica da cidade e apresenta possibilidades para o futuro. A Administração municipal ainda planeja reunir os setores da economia de Juiz de Fora para apresentar as propostas e, por fim, elaborar um relatório final com as diretrizes e ações na área.

Ao apresentar o projeto, o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), Ignácio Delgado, lembrou que Juiz de Fora era uma das principais cidades mineiras no aspecto econômico na década de 1930, posição que foi sendo retraída posteriormente. Atualmente, a cidade responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, em queda atribuída pelo secretário ao declínio do comércio do café durante o século passado e pela competição com o mercado nacional, após a maior interligação do país com o desenvolvimento do transporte.
Já pelo lado das possibilidades de protagonismo do município, o secretário destacou a importância da cidade como polo educacional e na área da saúde. Uma das possibilidades de desenvolvimento apresentadas por Delgado foi o investimento na recuperação da área rural para a utilização na produção de energia sustentável. “A combinação da recuperação da área degradada com a produção de biomassas para combustíveis alternativos sem impacto climático é uma janela de oportunidade que a cidade tem para mudar a estrutura produtiva em muitos setores. Nós queremos uma cidade sustentável, inteligente, articulada, conectada regionalmente e mundialmente”, aponta.
Para elaborar o chamado “Governo de missões”, o primeiro estágio a ser passado, de acordo com o secretário, é melhorar o ambiente de negócios no município. “Nós somos o locus da economia criativa. Nós podemos nos tornar a Barcelona do Brasil. É possível que desenvolvamos ações que possam tornar essa condição da cidade um efeito dinamizador de turismo, eventos e outras atividades”, projeta. “A Prefeitura tem que ser a catalisadora de ações coletivas da cidade, envolvendo empresários, entidades da sociedade civil e academia na busca de propósitos comuns”, conclui.
Fazenda planeja incentivos
Também presente no lançamento, a secretária da Fazenda, Fernanda Finotti, afirmou que a pasta trabalha em uma “racionalização dos recursos” municipais. “Nós não queremos fazer um racionamento. Racionalização é quando a gente tenta pegar um recurso escasso e usar no maior número de fins alternativos para buscar o bem estar da sociedade”, explica.
De acordo com Fernanda, a racionalização possibilita a suspensão de tributos e anistia a empresas e população, de modo que os devedores possam voltar a tomar crédito. “Crédito é um impulsionador da economia. Com isso, podemos gerar condições de trabalho, emprego e renda para a população”, aponta.
“Apostar na inovação”
A prefeita Margarida Salomão (PT) afirmou que a agenda de desenvolvimento foi um aspecto destacado ainda durante a campanha à Prefeitura, em 2020. A chefe do Executivo ainda falou da necessidade de tornar Juiz de Fora atrativa para investimentos de empresas atualmente sediadas em outras cidades. “Como hoje você consegue desenvolver uma série de tecnologias, produtos e negócios pela internet, nós somos um excelente lugar para explorar essas oportunidades. É preciso ter coragem para apostar na inovação, na inteligência e na nossa capacidade conjunta de construir uma nova experiência. Eu tenho absoluta esperança nessa perspectiva”, afirma.