Reajuste só volta à pauta após votação


Por Tribuna

24/08/2016 às 07h00- Atualizada 24/08/2016 às 08h19

a conclusao foi de que nao havia clima na bancada do governo para aprovar reajustes diz ministro

“A conclusão foi de que não havia clima na bancada do Governo, para aprovar reajustes”, diz ministro

Rio (AE) – O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ontem que a decisão do Governo de suspender propostas de reajuste salarial dos servidores federais que estão tramitando no Senado valerá pelo menos até o fim da votação do processo do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O início do julgamento no Senado está marcado para 25 de agosto, com previsão de término no fim do mês.

“A decisão é do colegiado do Governo. A conclusão foi de que não havia clima na base, na bancada do Governo, para aprovar reajustes, e era necessário suspender esse tipo de tratativa pelo menos até depois da votação do processo de impeachment”, disse o ministro. Questionado sobre casos específicos, como o aumento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro negou que eles possam ser contemplados no momento. “Até passar o impeachment, o governo não falará (em reajuste) para nenhuma categoria. Não houve especificação, houve generalidade: o governo não voltará a dialogar porque sua base não aceitou. O governo manda um projeto de lei, mas quem define é o Congresso Nacional”, afirmou Padilha, que participou, no Rio, de uma entrevista sobre o balanço da Olimpíada, com o prefeito Eduardo Paes (PMDB).

O Governo apoiou os reajustes de várias categorias de servidores este ano. Boa parte deles já foi aprovada na Câmara e no Senado, e aguardam sanção do presidente em exercício, Michel Temer. Ontem, Padilha também anunciou que o Governo já decidiu que não vai aumentar impostos este ano e em 2017 para alcançar a meta fiscal.

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