Revisão de cortes garante R$ 5 milhões em recursos para Polícia Militar em Minas

Recursos extras ainda não contemplam Polícia Civil e Corpo de Bombeiros


Por Tribuna

19/08/2025 às 09h48

O Governo de Minas Gerais anunciou a liberação de mais R$ 5 milhões para o abastecimento de viaturas da Polícia Militar. A medida foi informada pelo secretário de Estado de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na segunda-feira (18). O valor será destinado exclusivamente à corporação, após críticas sobre os efeitos do contingenciamento de despesas no policiamento.

A reunião foi promovida pela Comissão de Segurança Pública da ALMG, presidida pelo deputado Sargento Rodrigues (PL), que questionou o fato de a revisão não contemplar também a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Segundo o parlamentar, a limitação no fornecimento de combustível compromete investigações e pode dificultar atendimentos de emergência.

Situação das demais corporações

O secretário Luiz Cláudio Gomes informou que há negociações em andamento para avaliar a necessidade de rever cortes na Polícia Civil. Ele destacou, entretanto, que a situação fiscal do Estado permanece delicada, com contingenciamento de R$ 1 bilhão em vigor. Já o superintendente central de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Túlio Gonzaga, afirmou que não houve até o momento demanda formal dos Bombeiros para revisão.

Durante a audiência, Sargento Rodrigues reforçou que a limitação no abastecimento de viaturas impacta diretamente a segurança pública. Ele citou a expansão de facções criminosas, como o Comando Vermelho, em comunidades de Belo Horizonte, a exemplo da Cabana do Pai Tomás, Serra e Morro das Pedras.

Definição dos cortes

O contingenciamento de despesas foi estabelecido pelo governador por meio de decreto, em 2025, seguindo recomendação do Comitê de Orçamento e Finanças (Cofin). A medida foi aplicada de forma geral, mas, segundo o secretário de Fazenda, o detalhamento ficou sob responsabilidade de cada órgão da administração. Para o deputado Sargento Rodrigues, a hierarquização das prioridades não foi adequada, e o governo precisa revisar as decisões junto às corporações de segurança.

O parlamentar também questionou a manutenção de benefícios fiscais a grandes empresas, estimados em R$ 25,2 bilhões em 2025, em vez de cortes em áreas consideradas essenciais. Em resposta, Luiz Cláudio Gomes defendeu os incentivos, apontando que funcionam como política de atração de investimentos e geração de empregos. Ele acrescentou que, com a reforma tributária, a chamada guerra fiscal entre os estados será encerrada em 2032, e que este período é considerado estratégico para garantir a instalação de empresas em Minas.

*Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe

 

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