Jungmann não descarta abertura de 2º inquérito para apurar atentado a Bolsonaro
Ministro se reuniu, nesta terça-feira (18), com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, para falar da segurança nas eleições
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, não descartou a possibilidade da abertura de um segundo inquérito para apurar o atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), caso haja indícios de que houve coautoria, ou seja, a participação de outras pessoas no crime. “Nossa posição é de esclarecer tudo. É algo que suscita muitas dúvidas e queremos esclarecer tudo. Se necessário, abriremos uma segunda investigação para apurar todo e qualquer indício. Se existir qualquer possibilidade de coautoria, evidentemente vamos trazer à conhecimento da imprensa e da sociedade”, disse Jungmann.
O ministro se reuniu no final da manhã desta terça-feira (18), com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, para falar da segurança nas eleições e também tratou do caso de Bolsonaro. “O primeiro inquérito, que visa definir autoria, materialidade e etc, está sendo cumprido no prazo. Se necessária a prorrogação, será muito pequena, e a coautoria seria investigada em outro inquérito”, explicou o ministro.
Novo depoimento
O delegado Rodrigo Morais ouviu, na segunda-feira (17), o autor do atentado, Adelio Bispo de Oliveira. Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Morais foi até o presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS) para tomar o depoimento de Bispo no âmbito do inquérito sobre o atentando ao candidato. A informação foi revelada pelo G1 e confirmada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
Bolsonaro foi golpeado na tarde do dia 6 de setembro quando fazia campanha no Centro de Juiz de Fora, em Minas. Ele foi operado no município mineiro e depois transferido para Hospital Albert Einsten, em São Paulo. Na quarta-feira passada, dia 12, o candidato passou por uma nova cirurgia, mas se recuperou e, atualmente, está na unidade de tratamento semi-intensiva do hospital paulistano.
Além de ouvir Bispo, a PF ainda trabalha na análise do material apreendido com ele e nas quebras de sigilo feitas com autorização da Justiça. O novo depoimento estava previsto desde a semana passada e tem como objetivo ouvir o autor após a coleta das primeiras informações durante as diligências posteriores ao crime.
Em nota divulgada no início da semana passada, a PF informou que continuava a “coleta de depoimentos, análise de dados financeiros e de outros dados existentes em imagens, mídias, computadores, telefones e documentos apreendidos”.
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