Câmara de JF aprova concessão de título de cidadão honorário a Bolsonaro
Votação contou com a presença de apoiadores do presidente, que protestaram contra vereadores contrários à honraria
A Câmara aprovou em segundo turno e em caráter definitivo, na noite desta terça-feira (8), o projeto de lei de autoria dos vereadores Charlles Evangelista (PSL) e Sheila Oliveira (PSL) que concede título de cidadão honorário ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). A votação foi acompanhada por apoiadores do presidente, que mostraram insatisfação com posicionamento contrário à proposição explicitado pela bancada do PT, formada pelos vereadores Roberto Cupolillo (Betão, PT) e Wanderson Castelar (PT). Em meio a um clima pouco amistoso, a honraria acabou aprovada com 14 votos favoráveis. Betão e Castelar votaram contra a proposição. Curiosamente, os dois autores da proposição, Charlles e Sheila estavam ausentes.
Em uma sessão tumultuada, por várias vezes, o presidente da Casa, Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC), teve que pedir calma e paciência aos presentes para tentar garantir a palavra aos vereadores, que se manifestavam sobre a concessão de título de sua bancada. Os ânimos, porém, permaneciam exaltados e, após as falas de Castelar e Betão, bate-bocas tomaram conta da audiência do Palácio Barbosa Lima. Pardal chegou a suspender a sessão por dez minutos. Após a retomada dos trabalhos, a honraria foi aprovada pela maioria dos vereadores.
Na justificativa anexada à proposição, os vereadores Charlles e Sheila, que são do partido do presidente, chegaram a lembrar que Bolsonaro foi vítima de um atentado em ato de campanha realizado em Juiz de Fora, durante o último processo eleitoral, em que acabou eleito. “Em 6 de setembro de 2018, enquanto fazia campanha e era carregado nos ombros no Calçadão da Rua Halfeld, Jair Bolsonaro sofreu um atentado, levando uma facada que o deixou entre a vida e a morte. Foi salvo pela Providência Divina e pela presteza e eficiência do atendimento dos profissionais da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora”, afirmaram os autores do projeto de lei.