Professores da rede estadual de Minas mantêm greve

Docentes querem pagamento de 13º salário de 2019 e reajuste com base na Lei do Piso


Por Renato Salles

05/03/2020 às 19h31- Atualizada 11/03/2020 às 07h12

Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (5), os professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram pela manutenção, por tempo indeterminado, da greve da categoria deflagrada há 24 dias. Segundo informações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), “entre escolas paradas totalmente ou parcialmente, o número chega a 69%”.

Os docentes reivindicam o pagamento do 13º salário do exercício financeiro de 2019 e o cumprimento da Lei Estadual 21.710/2015 e da Lei Federal 11.738/2008, que tratam do piso salarial da categoria.
Durante a assembleia, os grevistas também definiram calendário de mobilização. Já nesta sexta, serão realizadas plenárias locais e regionais, rodas de conversa e mobilizações para ampliar a adesão à greve. Para a próxima semana, estão previstos vários atos e realização de nova assembleia na quinta-feira, 12 de março.

Reunião

Também nesta quinta, pela manhã, representantes dos professores se reuniram com integrantes do Governo estadual, mas, não houve a construção de um entendimento capaz de por fim ao movimento grevista, conforme a assembleia que deliberou pela sequência da paralisação por tempo indeterminado.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), nesta quinta, os secretários de Estado de Planejamento e Gestão, de Fazenda e de Educação receberam representantes do Sind-UTE. “Na reunião, foi informado que o Estado ainda realiza análise de emenda aprovada na Assembleia Legislativa que prevê aumento salarial para a categoria”, pontua a Seplag. A pasta ressalta ainda que mantém aberto o diálogo com representantes dos sindicatos de todas as categorias.

“Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio. A Secretária de Estado de Educação reafirma que respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais”, afirma nota encaminhada à Tribuna.

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