Procon-MPMG interdita bar, apreende 300 kg de carne e prende dono em flagrante
Fiscalização em bar de Uberaba encontra carne sem identificação, bebidas vencidas e más condições sanitárias
O Procon do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Uberaba, interditou totalmente um bar no município do Triângulo Mineiro, na última quinta-feira (11). A ação contou com apoio da Vigilância Sanitária e do Centro de Controle de Zoonoses. O dono do estabelecimento foi preso em flagrante.
A medida foi tomada após vistoria realizada no dia anterior, que constatou infrações graves às normas sanitárias e de defesa do consumidor. Segundo o Procon-MPMG, os riscos à saúde e à segurança da população motivaram a interdição. Durante a fiscalização, foram encontrados produtos vencidos, como cervejas, condimentos e outras bebidas, além de alimentos congelados e embalados sem rótulos, sem identificação de procedência, composição ou validade. Havia também alimentos deteriorados, mofados e em estado de putrefação na cozinha, que eram utilizados na preparação de porções e petiscos.
O relatório da fiscalização apontou falhas graves no armazenamento dos produtos. Itens que deveriam estar congelados estavam apenas resfriados e vice-versa, o que compromete a qualidade e pode torná-los impróprios para consumo. O local ainda apresentava sujeira extrema, mofo nas paredes, acúmulo de lixo e infestação de ratos, baratas e outros vetores.
Os fiscais encontraram também cachaça artesanal sem registro no órgão competente e 16 recipientes de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) armazenados sem autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A Polícia Militar e a Polícia Civil foram acionadas devido a situações de maus-tratos de animais identificadas no local.
Foram apreendidos aproximadamente 300 quilos de carnes sem identificação, milhares de bebidas vencidas e os recipientes de GLP. Os itens perecíveis foram inutilizados e descartados no aterro sanitário da cidade. O fornecedor foi autuado e notificado a apresentar defesa em processo administrativo, ficando sujeito a multas e outras penalidades. O estabelecimento só poderá voltar a funcionar após comprovar a correção de todas as irregularidades.
O responsável legal foi preso em flagrante.