Crimes ambientais: prisões e apreensões marcam ações em Minas Gerais

Operações da PMMA e do Ibama, realizadas em diferentes cidades mineiras, identificaram garimpo ilegal, desmatamento e exploração irregular de recursos naturais


Por Pedro Moysés

15/08/2025 às 18h36

Operações realizadas nesta semana, com foco em ações de fiscalização ambiental em diferentes municípios de Minas Gerais, resultaram na constatação de crimes ambientais graves, prisões e apreensões de equipamentos utilizados em atividades ilegais de exploração mineral e desmatamento. 

Em Catas Altas da Noruega, cidade a 140 quilômetros da capital, militares flagraram uma retroescavadeira realizando o processo de compactação de terra em área de preservação permanente a menos de 30 metros de um curso d’água e nascente difusa. No local, foi registrada a supressão de 0,73 hectare de vegetação nativa da Mata Atlântica em estágio avançado, além de exploração irregular de pedra-sabão e degradação de recursos hídricos. Com o uso de drone, foi constatada ainda a abertura de via, corte raso de floresta e instalação de estrutura para possível produção irregular de carvão vegetal. Ao todo, 163 m³ de madeira nativa foram inutilizados ou abandonados no local. O responsável foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Ouro Branco. 

Em Belo Vale, durante uma operação conjunta da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb) e Ibama contra o garimpo ilegal de ouro no Rio Paraopeba, duas balsas foram localizadas. Quatro garimpeiros foram abordados e um quinto, identificado como responsável, apresentou documentação, porém as atividades ocorriam fora do espaço autorizado. Os cinco foram presos em flagrante e encaminhados à Polícia Federal em Belo Horizonte. Foram apreendidas as duas balsas, equipamentos e quatro celulares. Autos de infração foram lavrados pelo Ibama. 

Em Ouro Branco, militares e vigilantes da Gerdau localizaram, após denúncia de garimpo ilegal em área florestal, às margens de um curso d’água, equipamentos típicos da atividade, incluindo motor de grande porte, mangotes e motobomba. Não havia suspeitos no local e, devido à dificuldade de acesso, o material foi deixado sob vigilância até que seja possível a remoção.

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