Transportadores de combustíveis entram em greve em Betim

Sindicatos ainda não sabem dizer quando e como greve poderá afetar Juiz de Fora e região


Por Tribuna

09/06/2025 às 12h09

Os transportadores de combustíveis que prestam serviços para a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora (Petrobras), entraram em greve por tempo indeterminado, no início da madrugada desta segunda-feira (9). A greve, deflagrada em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, mobiliza dezenas de caminhões-tanque na entrada da base da distribuidora.

Para o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), é difícil prever como e em quanto tempo isso pode afetar Juiz de Fora. “Vai depender muito do tempo que durar a paralisação. Como normalmente os postos e aeroportos não costumam fazer estoque para muitos dias, é provável que na Região Metropolitana alguns postos já tenham falta de combustíveis essa semana”, projeta a assessoria.

A Tribuna também fez o mesmo questionamento ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), assim como sobre a quantidade de combustível da Vibra Energia é enviado para a região. A assessoria limitou-se a responder que “trata-se de uma negociação entre a companhia distribuidora e os caminhoneiros”. “O Minaspetro está monitorando a situação e irá alertando os revendedores sobre os desdobramentos da greve”, finaliza.

Os trabalhadores estão de greve pois querem o pagamento do Piso Mínimo de Frete e do Vale-Pedágio Obrigatório, estabelecidos por lei (13.703/2018 e 10.209/2001).

De acordo com o presidente do Sindtanque, Irani Gomes, ambas as leis vêm sendo descumpridas há anos, tanto pela Vibra, quanto por outras distribuidoras mineiras: “Com o descumprimento, os transportadores vêm acumulando prejuízos incalculáveis. Exigimos da Vibra o cumprimento imediato desses direitos dos transportadores, bem como a ampliação e intensificação da fiscalização aos contratantes de serviços de frete por parte da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres]”.

A Tribuna entrou em contato com a Vibra Energia sobre os questionamentos dos trabalhadores e aguarda posicionamento da empresa.

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