SES-MG confirma dois casos de febre amarela em 2025, e Governo federal alerta para registros no estado
Autoridades de saúde destacam a importância da vacinação e da intensificação de medidas de vigilância, especialmente durante o período de maior risco da doença
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou dois casos de febre amarela em 2025, sendo um em paciente humano, registrado no município de Extrema, e outro em primata não humano (PNH), em Toledo, ambas cidades localizadas no Sul do estado. Os dados foram atualizados pela pasta na última segunda-feira (3). No ano passado, em Minas, foram contabilizados dois casos em humanos e sete em primatas.
Em relação à cobertura vacinal, as aplicações contra a febre amarela em Minas, entre os meses de janeiro e outubro de 2024, atingiu 86,30%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS). A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença. A vacina faz parte do calendário básico para crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com reforço aos 4 anos, além de dose única para a população de 5 a 59 anos que ainda não foi imunizada.
No último domingo (2), o MS emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins, recomendando a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas de risco. A doença tem um período sazonal que vai de dezembro a maio.
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Orientações e cuidados
Pessoas que planejam viajar para áreas com risco de transmissão ou regiões rurais e de mata devem conferir se estão vacinadas. Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve buscar uma Unidade de Saúde pelo menos dez dias antes da viagem para garantir a imunização.
Além disso, a recomendação é estendida a:
- Populações residentes em áreas com circulação viral ou zona rural;
- Trabalhadores rurais, agropecuários e do meio ambiente;
- Viajantes para áreas afetadas, incluindo turistas e ecoturistas.
Outras orientações importantes:
- Dose de reforço: Para quem tomou a dose fracionada em 2018 e viaja para áreas com circulação do vírus, é necessário receber uma dose adicional na apresentação padrão.
- Dose zero: Deve ser administrada em crianças entre 6 e 8 meses de idade que moram ou vão viajar para áreas de risco.
- Vacinação de idosos: Pessoas com 60 anos ou mais devem passar por avaliação médica antes da vacina, devido ao risco de exposição e condições de saúde.
Além da vacinação, é essencial adotar medidas de proteção, como o uso de roupas longas, sapatos fechados e aplicação de repelente. Como os mosquitos transmissores da febre amarela são diurnos, essas precauções devem ser mantidas durante todo o dia. Se houver sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas ou vômitos, é fundamental procurar atendimento médico e informar sobre a possível exposição a áreas de risco.
Tópicos: febre amarela / vacina