Como era o Brasil na última vez que o país teve um piloto no grid da Fórmula 1
Em 2025, Gabriel Bortoleto quebrará o tabu de sete anos sem a presença de um brasileiro titular na principal categoria do automobilismo mundial
No início da manhã do dia 6 de novembro, a Sauber anunciou a contratação de Gabriel Bortoleto para a próxima temporada. Ele formará dupla com Nico Hulkenberg e vai marcar o fim de um jejum de sete anos sem a presença de um piloto do país no grid titular da Fórmula 1.
O último a fazer uma temporada completa pela F1 foi Felipe Massa, que teve como seu auge a passagem pela Ferrari entre os anos de 2006 a 2013. Na manhã do dia 26 de novembro de 2017, Massa fazia a última corrida da sua carreira na principal categoria de automobilismo do mundo.
Na ocasião, ele recebeu a bandeira quadriculada na 10° posição. Desde então, o país deixou de ter representantes. O vencedor daquela etapa foi Valtteri Bottas, que fazia a sua primeira temporada pela Mercedes. Para marcar o retorno de um brasileiro na F1, a Tribuna relembra como era o mundo no longínquo ano de 2017.
Relembre como era o Brasil em 2017
O ano de 2017 no Brasil foi marcado pelo caos no cenário político. Ainda nos primeiros dias de janeiro, o então ministro e relator da Operação Lava-Jato Teori Zavask morreu em um acidente aéreo, na cidade de Paraty (RJ), localizada a 332 km de Juiz de Fora. Além dele, mais quatro pessoas vieram a falecer.
Em fevereiro, o estado do Espirito Santo viveu a sua maior crise de segurança pública, quando familiares dos policiais militares do estado protestaram em frente aos quartéis pela correção do salário, de acordo com a inflação. Desde o início do movimento, no dia 3, até o dia 24 daquele mês foram registrados 199 homicídios no estado. A paralisação teve fim no dia 25, quando o Governo chegou a um acordo com os manifestantes.
O ano de 2017 também marcou o primeiro ano de Michel Temer na presidência, após Dilma Rousseff sofrer o impeachment em 2016. Ainda naquele ano, Lula, hoje presidente da República, foi condenado a prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Libertadores teve vencedor brasileiro
No mundo do esporte, o futebol foi quem mais se destacou no Brasil. Pela terceira vez em sua história, o Grêmio conquistou a Libertadores da América. Na final, a equipe comandada por Renato Gaúcho bateu o Lanús pelo placar agregado de 3 a 1 com show do meia Luan, hoje sem clube. Essa foi a última vez que um time brasileiro foi campeão da principal competição de clubes da América do Sul com a finalíssima em formato de ida e volta. Para a edição de 2019, a Conmebol instituiu a final única em suas competições.
Pela Sul-Americana, um brasileiro chegou à grande decisão. O Flamengo conseguiu chegar até a final, onde enfrentou o Independiente. Ao final, o clube carioca foi derrotado pelo placar agregado de 3 a 2.
Na Copa do Brasil, o Cruzeiro conseguiu bater o Mais Querido nos pênaltis e venceu a sua quinta taça na competição e rendeu ao Flamengo o seu segundo vice-campeonato naquela temporada.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Corinthians, que havia feito um primeiro turno irretocável com 82,5% de aproveitamento, conquistou o título. Esse foi o sétimo, e até então último, título do Brasileirão que o Timão conquistou.
Na Fórmula 1, Lewis Hamilton conseguiu superar seus concorrentes para conquistar o quarto título da sua carreira. Ao todo, o piloto conseguiu somar 363 pontos ao longo de 20 provas. Sebastian Vettel, da Ferrari, ficou com o vice-campeonato. Valtteri Bottas, que na época disputava sua primeira temporada com a Mercedes, fechou o pódio.
Já Felipe Massa, que fazia a sua despedida da categoria, terminou o ano na 11° posição. O seu melhor resultado foi o sexto lugar na Austrália. No Bahrein, ele conseguiu repetir essa posição.
Inicialmente, Massa deveria se aposentar da categoria em 2016. Porém, a aposentadoria inesperada de Nico Rosberg, seguida da ida de Bottas para as Flechas Prateadas, fez com que a equipe pedisse para que o brasileiro corresse por mais um ano.
*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva
Tópicos: felipe massa / fórmula 1 / gabriel bortoleto