As cartas já estão na mesa


Por Gabriela Gervason

27/10/2015 às 09h23

Mesmo sem apoio da CBF, o calendário do primeiro torneio a ser organizado pela Liga Sul-Minas-Rio já está pronto. Segundo informações do blog “Bastidores F.C.”, do site “Globoesporte.com”, o campeonato será disputado em cinco datas, com 12 clubes divididos em três grupos. Pelas regras do torneio, os campeões de cada chave e o melhor segundo colocado farão as semifinais – que, assim como a final, serão disputadas em jogo único e na casa dos donos de melhor campanha.

A tabela foi feita com base no atual ranking de clubes da CBF. Como a lista será atualizada ao fim do ano, pode haver uma alteração entre os representantes de Santa Catarina: uma troca de Criciúma por Chapecoense. Na fase de grupos, Flamengo, Fluminense, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter vão jogar duas vezes como mandantes e uma como visitantes.
Curiosamente, ontem houve um evento promovido pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para divulgar sua modernização baseada em ações de marketing. Segundo asseguraram os dirigentes, não se tratou de uma resposta à criação da Liga Sul-Minas-Rio. Todos os envolvidos, no entanto, deixaram clara sua posição contrária à iniciativa.

“A federação e os clubes lutam por respeito ao calendário. O que se exige é respeito a regulamentos, a contratos e ao atleta, que já está jogando o necessário. Não podemos jogar o futebol em uma vala comum. Tem que respirar e cumprir compromissos primeiro. É o que o futebol de São Paulo pensa”, afirmou o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.
A posição dos clubes filiados foi muito semelhante. Único ausente no evento da FPF, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, já se mostrou várias vezes satisfeito com o Campeonato Paulista. Quem esteve na sede da entidade adotou a mesma linha, dizendo que buscar alternativas ao Estadual é para os outros.

Foi o caso de Paulo Nobre. “Não tenho preconceito absolutamente nenhum em relação a se formar uma liga. Mas a situação que os clubes de São Paulo vivem é diferenciada à de outros regionais do Brasil. Primeiro, pela organização. É bem organizado, interessante. Em segundo lugar, a remuneração: paga mais do que Libertadores da América. É um bom campeonato. O Palmeiras não tem preconceito nenhum, mas você vê que o Paulista é diferenciado”, comentou o presidente do Palmeiras.

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