Presente nos Jogos Olímpicos de 2028, squash pode ser praticado em JF
Arkadyas Academia possui duas quadras da modalidade, que mistura intensidade física, atenção e estratégia
Um esporte de raquete jogado em uma quadra fechada, onde dois jogadores (ou duas duplas) se enfrentam. O objetivo é rebater uma bola contra a parede frontal, de modo que o adversário não consiga devolvê-la de forma válida. O jogo exige agilidade, resistência e estratégia, já que o espaço é compartilhado entre os competidores, e a intensidade das movimentações é alta. Ganha quem vencer três sets de 11 pontos. Esse é o squash, modalidade que estará presente pela primeira vezes nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
Em Juiz de Fora, o squash pode ser praticado em alguns locais. A Tribuna esteve, na última quarta-feira (20), na Arkadyas Academia, localizada no bairro Graminha, que conta com duas quadras. O esporte é o oitavo protagonista do “TM Esporte Clube”, série que mostra o cenário das mais diferentes modalidades que podem ser praticadas no município. Até o momento, foram abordados o paraquedismo, a esgrima, o rapel, o foot table, a canoagem, o parapente e a bocha.
Regras do squash
O squash, na maior parte das vezes, é jogado de forma individual, um contra um, com quadras de 6,40m de largura por 9,75m de comprimento. O jogo consiste em acertar a bolinha na parede frontal e tentar dificultar o adversário na rebatida. As paredes laterais e traseira podem ser usadas como tabela, e a raquete pode encostar no chão.
De acordo com o professor Luizir Júnior, de 40 anos, morador do bairro Paineiras, o esporte pode ser praticado por qualquer pessoa. “É muito democrático, sem restrições de idade. Como tem alta intensidade, é muito benéfico para a saúde. O que diferencia a modalidade é o fato de compartilhar o mesmo espaço com o adversário, sem uma rede separando, por exemplo. Exige muita atenção e estratégia.”
Cenário em JF
Também atleta, Luizir, que participou do último Campeonato Brasileiro, conta à reportagem como surgiram as quadras de squash na Arkadyas. “Esse local era um sítio que minha família utilizava para lazer. Meu pai, que é professor de educação física, pensou em montar uma academia em um local de contato com a natureza. Viajávamos muito ao Rio de Janeiro, onde o squash é muito forte, para observar as de lá e tirar ideias. Meu pai decidiu trazer a modalidade para Juiz de Fora, quando ainda não havia nada semelhante.”
Desde então, são 15 anos que ele dá aulas de squash, além de participar de campeonatos como atletas. Em 2021, Luizir participou da produção do livro “Como Jogar Squash,” o primeiro sobre a modalidade em língua portuguesa. “Essa trajetória fortaleceu minha identificação com o esporte e ajudou a preencher a lacuna de profissionais na área. O cenário foi aumentando, e hoje, temos cerca de 60 alunos. Além das nossas quadras, tem uma no clube AABB e outra em um prédio residencial no bairro Teixeira. Em breve, outra será inaugurada perto da antiga sede do Tupi. Isso reflete o crescimento dos esportes de raquete nos últimos anos. Com a entrada do squash nos Jogos Olímpicos de 2028, esperamos ter mais visibilidade”, projeta.
“Virou uma paixão”
Uma das atletas do local é Shirley Ventura, de 45 anos, moradora do bairro Previdenciários. Diabética há 20 anos, ela conheceu o squash em abril de 2022. “Em poucos meses, participei de um campeonato e fiquei em segundo lugar.” Desde então, ela faz duas aulas semanais e participa de torneios estaduais.
“A modalidade virou uma paixão, me ajuda no controle do estresse e no desenvolvimento de estratégias rápidas. No início, é desafiador, mas, depois da fase inicial, fica extremamente prazeroso. É ótimo porque não depende do clima, pode praticar até sozinho. Além dos benefícios físicos, também proporciona um grande bem-estar mental”, diz Shirley.