Fluminense é campeão da Primeira Liga em JF


Por Bruno Kaehler

20/04/2016 às 23h36- Atualizada 21/04/2016 às 00h33

O grito de campeão entalado na garganta de cada tricolor carioca desde 2012, enfim, foi ecoado. Com belo gol de Marcos Junior, o Fluminense derrotou o Atlético-PR por 1 a 0 na inédita final da Copa Sul-Minas-Rio, organizada pela Primeira Liga, decidida em um lotado Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora, se tornando o primeiro clube a levar o título da competição criada nesta temporada. Os 23.985 presentes quase esgotaram a carga de 27 mil ingressos posta a venda.

O técnico campeão, Levir Culpi, destacou a conquista em uma das possíveis novas casas do clube. “É muito importante vencer fora do Rio e estar junto do torcedor, até porque vamos precisar disso no ano.”

 

O jogo

Tomado por três cores, o estádio juiz-forano estava preparado para a festa. A primeira reação das arquibancadas após o apito inicial, entretanto, foi marcada por vaias direcionadas ao atacante ex-Flu, Walter, quando efetuou perigoso cruzamento da direita e provocou participação de Diego Cavalieri. A resposta carioca veio parcelada, em pressão com lances originados pela forte marcação, saídas em velocidade nas pontas e bolas alçadas na área rubro-negra.

O grito de gol quase saiu aos nove minutos, após cobrança de escanteio de Gustavo Scarpa, cabeceio de Cícero e sutil toque de Gerson para defesa do veloz goleiro Weverton. O ônus das oportunidades desperdiçadas e forte ritmo imposto por Osvaldo e companhia foi evidenciado após a marca dos 30 minutos. O respiro dos tricolores foi quase fatal e a estratégia atleticana realçada. Aproveitando-se de erros da equipe dona da casa nesta noite, os paranaenses finalizaram quatro vezes no intervalo de oito minutos, com direito a arremate no travessão de Vinicius, ex-Tupi e Fluminense, e duas chegadas de Walter.

Sem alterações dos dois lados, o clube das Laranjeiras iniciou a etapa complementar dando indícios aos torcedores que ainda chegavam ao estádio de que seguiria apostando na velocidade pelas laterais. Logo aos seis minutos, Gustavo Scarpa fez grande passe para Magno Alves, que saiu à frente de Weverton, driblou o goleiro, mas perdeu ângulo e tentou assistir Osvaldo, antecipado pela zaga adversária. A intensidade começou a cair e o técnico tricolor, Levir Culpi, promoveu as entradas de Marcos Júnior e Edson nos lugares de Osvaldo e Gerson.

Pouco depois, aos 24, o Fluminense armou contra-ataque veloz e Cícero cruzou no chão para Marcos Junior quase completar para o fundo das redes. O jovem meia-atacante, porém, não desperdiçou a segunda chance ao receber bola de Magno Alves quando o cronômetro apontava 35 minutos. Representando a atuação tricolor, Marcos Junior ganhou na força e mandou por baixo das pernas de Weverton, fazendo as arquibancadas explodirem.

O comandante atleticano, Paulo Autuori, ainda tentou o empate com o centroavante André Lima em campo, mas o placar foi inalterado e as comemorações iniciadas. Antes da cerimônia de premiação, a nota negativa da final: cerca de 20 torcedores do Fluminense invadiram o campo, mas a Polícia Militar realizou imediata intervenção.

Leonardo Costa

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.