JF Vôlei confirma participação na Superliga

Mesmo com dificuldades financeiras, o JF Vôlei confirmou sua participação na próxima edição da Superliga Masculina de Vôlei. A oficialização foi anunciada na tarde desta segunda-feira (14) pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), que divulgou a relação dos times interessados em participar da principal competição nacional de clubes do país.
Inicialmente, a confirmação teria que acontecer até o dia 30 de maio. No entanto, em função da crise que assola outras equipes do país, a resposta final foi alterada para a última sexta-feira (10). A equipe juiz-forana tentou postergar novamente a data da resposta, mas a entidade acabou mantendo o prazo estabelecido. Agora os times terão até a sexta-feira (17) para efetuar o pagamento da taxa de inscrição.
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A formação de elenco e da comissão técnica, no entanto, ainda segue parada. “A gente não mexeu em nada ainda. Com a confirmação da participação, há um assédio natural de agentes e atletas, mas estamos sem nos mover no mercado em relação a isso. Esperamos as definições com os investidores para ter a nossa de grandeza real. Como algumas equipes queriam entrar (na Superliga), optamos pelo risco de assegurar a vaga”, explica o diretor técnico da equipe, Maurício Bara.
Caso a equipe volte atrás e desista de disputar a Superliga, poderá sofrer punições, como impossibilidade de disputar outras competições. No entanto, segundo Bara, a expectativa é de que as negociações caminhem. “Estamos com um processo avançado de renovação com alguns patrocinadores do ano passado. Temos também alguns novos, cujos contratos ainda não foram assinados. A previsão é de que as situações se concretizem nas próximas duas semanas”.
Além da captação de recursos privados, o time juiz-forano busca aporte financeiro do torcedor para conseguir completar o orçamento. Lançada há cerca um mês, a plataforma colaborativa, no entanto, segue em ritmo acanhado. Interessados em contribuir com a vaquinha podem fazer doações a partir de R$ 30, pelo endereço www.colabore.net.br.
Vaga garantida aos 46 do segundo tempo
Além do JF Vôlei, outras dez equipes foram confirmadas na competição: Sada Cruzeiro, Brasil Kirin, Funvic Taubaté, Sesi-SP, Minas, Bento Vôlei/Isabela, Montes Claros, Canoas, Voleisul/Paquetá Esportes e Caramuru/Castro – campeão da Superliga B ano passado e detentor da vaga de acesso. Oitavo colocado na Superliga 2015/16, o São José acabou desistindo da vaga. Desta forma, a equipe de Maringá, rebaixada na temporada passada, recebeu um convite para seguir na elite. Os paranaenses, que vinham estudando a possibilidade de firmar uma parceria com o Voleisul, terão até quinta-feira para enviar a resposta de confirmação.
“Toda vez que uma equipe sai por motivos econômicos ou deixa de exercer suas atividades é muito triste. É uma equipe tradicional, que tem uma história muito semelhante a nossa. Nos enfrentamos durante dois ou três anos na Superliga B, que na época era a Liga Nacional. Até o dia 30 de maio, a gente considerava não jogar efetivamente. As coisas evoluíram e mudaram de panorama, mas várias equipes ficaram na mesma berlinda. Eu vejo isso de uma maneira muito ruim para o esporte”, lamenta.
Associação de clubes
Ainda conforme o diretor técnico, os clubes vem buscando alavancar novamente a formação de uma associação de clubes para tentar melhorar o mercado. “Ela (associação) foi criada ano passado, mas acabou não evoluindo muito. Agora está voltando à ativa justamente para poder, em bloco, negociar, inclusive parceiros e patrocinadores grandes, que possam garantir as atividades”.
Assim como no ano passado, hospedagem, alimentação, transporte aéreo e taxa de arbitragem seguirão mantidos pela CBV. “A gente precisa trabalhar mais em bloco, para caminhar um pouco mais, como direitos de televisão. Os times de futebol, por exemplo, se sustentam com isso. O vôlei tem que evoluir, porque a captação individual está muito difícil”, analisa.