Estádio Salles Oliveira tem o leilão cancelado

Tupi paga dívida referente ao processo que pedia a venda; clube e advogado de atletas tentam acordo


Por Davi Sampaio

13/11/2023 às 18h44

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Patrimônio do Galo Carijó, por ora, deixa de correr o risco de ser penhorado (Foto: Felipe Couri)

O Estádio Salles Oliveira, localizado no Bairro Santa Terezinha, na Zona Nordeste, e pertencente ao Tupi, teve o leilão cancelado. A cúpula carijó conseguiu reverter a decisão ao pagar a dívida de R$ 22.100 referente ao processo que instigou o leilão – do ex-atleta Thiago Duchatsch Moreira. O anúncio foi feito pelo juiz Tarcísio Corrêa de Brito, da 5ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora.

A Tribuna entrou em contato com o advogado Lucas Silva, responsável por vários processos de ex-atletas contra o Tupi. Ele explica que o clube pagou essa dívida específica – responsável pelo leilão -, mas que ainda existem vários outros débitos pendentes. O valor total seria de R$800 mil. Sua intenção é, inicialmente, resolver a situação diretamente com o clube.

“Estamos conversando para fazermos uma reunião e termos um acordo em todos os processos. O meu intuito não é que o patrimônio do Tupi acabe, é que os atletas sejam pagos. Vamos sentar para conversar, mas caso não se resolva, terei que pedir novamente o leilão em outros projetos”, afirma.

Procurado, o presidente carijó Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, preferiu não entrar em detalhes, mas disse que o clube precisa honrar essas dívidas. “Todas elas são antigas, mas farei de tudo para defender o Tupi. Vamos tentar fechar acordo com todos, já que são ações trabalhistas em fase de execução”, pretende.

Dívidas

Os processos que podem levar o advogado a pedir um novo leilão do Salles Oliveira, caso não haja acordo com o clube, são referentes a salário, indenização e verba rescisória de atletas e funcionários, como o de Ademilson, um dos maiores ídolos do Tupi, e do preparador de goleiros Walker Campos. Anteriormente, Lucas havia entrado com um pedido para a penhora da sede social do clube, no Centro de Juiz de Fora, para que os pagamentos a seus clientes fossem realizados. Mas, segundo o advogado, o direcionamento concedido foi para o campo de Santa Terezinha, por conta da falta de interesse de pessoas e empresas em comprar a sede.

Sobre o caso, Tiquinho afirmou, em entrevista recente à Tribuna, que aguarda o pagamento desses atletas por parte da empresa Rezende Roriz, a qual responde juridicamente pelo local após o Estádio Salles Oliveira ter passado por um processo de permuta entre o clube e a empresa.

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