Muito mais que 3 pontos


Por Bruno Kaehler

13/04/2017 às 08h50

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Dinos JF/Team Casarim reúne amigos que jogaram basquete na juventude com idades entre 35 e 48 anos (Foto: Leonardo Reis de Nazareth)

Imagine poder reunir amigos dos tempos em que você praticava um esporte semanalmente. Ou até alguns dos principais atletas da cidade que seguiram carreira em diferentes áreas, fora do esporte. Em janeiro, a Dinos JF/Team Casarim foi formada desta forma, marcando o reencontro de ex-jogadores amadores juiz-foranos de basquete que buscavam voltar a ter o prazer de ver seus arremessos acertarem a cesta paralelamente à uma reeducação física.

E dois meses depois da criação, o time já disputa a Liga Super Basketball (LSB) do Rio de Janeiro, competição que reúne ex-atletas amadores e profissionais em diversas categorias, como a 35+, de jogadores acima dos 35 anos, caso dos locais. Na estreia, no último domingo (9), a equipe foi derrotada para o atual vice-campeão, o SC Mackenzie, por 87 a 33, na casa do adversário. O próximo compromisso ainda não possui data definida.

O idealizador do projeto, José Henrique Casarim, 25 anos, explicou que via uma geração muito boa de jogadores parados na cidade. “Por sempre jogar no Rio e assistir times master, veio a vontade de montar a equipe. Consegui uma escolinha para adultos também, do pessoal que está iniciando ou não quer competir. Hoje temos mais de 30 alunos-atletas e há um revezamento entre eles. Todos têm levado os treinos a sério, com alguns até malhando para estar bem nos jogos. E tudo está ajudando na saúde deles e bem estar”, conta, lembrando que os interessados podem integrar a escolinha e, posteriormente, cobiçar vaga no time.

A equipe arca com todas as despesas de transporte a alimentação na LSB. Os treinos são realizados nas segundas-feiras, no Tupynambás. Atleta da equipe, Vinicius Duailibi, 42 anos, relata a experiência nas quadras com satisfação. “Para mim é bem legal porque reunimos amigos da nossa juventude. Existem jogadores de 48 anos, eu tenho 42.” A variedade de profissionais também foi lembrada. Ainda assim, o basquete é assunto central. “Na equipe temos médicos, fisioterapeutas, engenheiros, administradores, professores de Educação Física. Conversamos de NBA, NBB, jogadores da Europa. É engraçado, pois cada um gosta de um time. Tem palmeirense no futebol que torce pro Boston Celtics, por também ter o verde como cor principal”, conta.

 

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