Mesmo com Baeta nas semifinais do Módulo II, gestor não garante manutenção da equipe
Alberto Simão não confirma sequência do projeto mesmo com acesso, mas admite que “muda tudo”. Jogo de ida da semifinal será neste domingo (15)
Antes do início do Módulo II do Campeonato Mineiro, o Tupynambás passou por imbróglio no processo eleitoral que deixou cicatrizes. Com presidente definido judicialmente apenas dois meses após a data inicial do pleito, a formação da equipe de futebol alvirrubra foi atrasada. Apesar de apenas cerca de um mês de pré-temporada, os resultados em campo apareceram, e o Baeta disputa semifinal contra o América-TO a partir deste domingo (15), com duelo de ida às 11h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
A vaga na elite do futebol mineiro ganha mais importância após relato do gestor de futebol do clube, Alberto Simão, com exclusividade à Tribuna de Minas após a vitória juiz-forana sobre o Mamoré por 2 a 1 no último sábado (7). A sequência do projeto, apesar de contratualmente assegurada por vínculo firmado de cinco anos em 2016, não está garantida.
“Temos que dar um passo de cada vez. Priorizamos um projeto de longo prazo, de cinco anos. Aconteceram algumas coisas que não esperávamos. O prejuízo que tomamos em todos os jogos (no Estádio Municipal) me incomoda muito. Tentei resolver isso buscando colocar o campo do Baeta em condições de jogo, mas tivemos o problema do AVCB. Fomos o último clube a se apresentar. Passamos por uma série de coisas, mas conseguimos montar mais um time vencedor. Só que uma ascensão muda tudo. Estamos falando de uma verba extra de R$ 840 mil, e nosso orçamento não chega a um terço deste valor. Por mais que seja uma competição que te exija mais, tenho expertise de fazer uma primeira divisão com os pés no chão e um time competitivo”, revela o dirigente.
Segundo ele, a decisão será tomada após o término da competição estadual e reunião com a cúpula do Baeta. “Vamos esperar para reavaliar, existe uma nova diretoria, mas precisamos sentar para fazer alguns ajustes no contrato, independente do que aconteça. O Cláudio (Dias) é uma pessoa que já conheço há muito tempo, fui apresentado ao seu pai (Jorge Dias, presidente do Baeta) agora. Sempre tive apoio do Chiquinho quando ele esteve presidente do clube, mas a vida da gente cresce, toquei um projeto paralelo nesse ano, tem muita coisa aparecendo, mas meu compromisso é full time. Vou fazer de tudo para conquistarmos este acesso, o que muda tudo. Aí terei capacidade e tenho no hall de fazer um projeto agressivo, para buscar uma vaga na Série D e uma na Copa do Brasil. Temos uma cidade bacana, um estádio lindo, uma imprensa muito competente, então é um casamento muito legal. Vamos trabalhar muito na semana porque deixaram chegar.”
O diretor do Baeta, Cláudio Dias, reiterou a importância da parceria e vontade na continuidade. “O projeto tem dado certo, tido mais sucesso do que projetamos. Por isso há o interesse em seguir e, quem sabe, na primeira divisão do Mineiro já em 2019”. O futuro do Baeta passa pelo mata-mata com ida neste domingo, e volta no dia 21, em Teófilo Otoni, no Estádio Nassri Mattar. Quem avançar sobe para a primeira divisão estadual.