Morre Manga, ex-goleiro, ídolo do Botafogo e titular da seleção na Copa de 1966
Informação foi confirmada pelo próprio Botafogo; Manga tinha 88 anos e já enfrentava problemas de saúde

O ex-goleiro Manga, ídolo do Botafogo e titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1966, morreu nesta terça-feira (8), aos 88 anos. Ele enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra.
A morte de Manga foi anunciada pelo próprio Botafogo. “É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra”.
É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra.
Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo… pic.twitter.com/t3ObxNYCIk
— Botafogo F.R. (@Botafogo) April 8, 2025
O jogador se tornou tão simbólico de sua posição em sua época que recebeu homenagem quando ainda estava vivo. O dia do seu nascimento, 26 de abril, se tornou oficialmente o “Dia do Goleiro”.
O presidente do Botafogo associativo, João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu o salão nobre de General Severino para a realização do velório. “Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”, afirmou o dirigente.
Manga ídolo e multicampeão
Manga é considerado um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro. Nascido no Recife, ele iniciou sua carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Mas se tornou conhecido em nível nacional e mundial ao brilhar no Botafogo entre 1959 e 1968.
Ele participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e duas do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Manga era uma das referências de duas grandes formações do Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor time do Brasil, nas temporadas 61 e 62, e 67 e 68.
Com o destaque no alvinegro carioca, Manga ganhou espaço na seleção brasileira e chegou a ser titular na Copa do Mundo de 1966. Ele compôs a equipe ao lado de lendas, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.
Depois de brilhar no Botafogo, o goleiro também se destacou no Nacional. Pela equipe uruguaia, foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 1971. Faturou ainda quatro títulos nacionais no país vizinho. Ele passou ainda pela dupla Gre-Nal, com maior destaque pelo time colorado, onde também se tornou ídolo – foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tri gaúcho. Também defendeu o Operário-MS e o Coritiba.
Ele encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, do Equador, em 1982, aos 45 anos. Antes disso, foi campeão equatoriano no ano anterior.
Manga também se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.
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