Juiz-forana mira disputa do mundial de jiu-jitsu em Las Vegas
Mara Azevedo terminou o ano na liderança dos rankings nacional e internacional da modalidade

A lutadora juiz-forana de jiu-jitsu Mara Azevedo terminou 2023 na liderança dos rankings da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) e da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF). Além disso, a atleta, que competiu durante o ano na faixa marrom, conseguiu se graduar para a faixa preta. Enquanto se prepara para lutar no Rio Summer International Open 2024, da IBJJF, nos dias 13 e 14 de janeiro, Mara avalia seus resultados no ano passado e projeta os desafios nesta temporada, que inclui a participação no campeonato mundial da categoria, em Las Vegas, nos Estados Unidos, nos dias 29 e 30 de agosto.
Mara destaca que, apesar de ter participado de menos competições em 2023 em comparação a anos anteriores, os resultados foram positivos, com direito à liderança de dois rankings na temporada, além da graduação de faixa. “Foi um ano em que eu competi menos um pouco. Apesar disso, 2023 foi um ano que eu consegui me tornar a número um do ranking nacional e mundial. Se tornar a líder do ranking mundial é muito mais difícil por conta dos campeonatos fora do Brasil terem um peso muito alto. Então, para mim, foi um ano primordial”, avalia Azevedo.
Crescimento internacional do jiu-jitsu
A preparação de Mara para os desafios que virão neste ano já começou. A atleta retomou os treinamentos na última terça-feira (2) visando o Rio Summer International Open, mas com seu foco principal voltado ao World Master IBJJF Jiu-Jitsu Championship 2024. A juiz-forana, que irá competir como faixa preta e possui experiência em competições internacionais, entende que o nível das lutadoras dos outros países cresceu muito, e que isso eleva a dificuldade do mundial.
“Eu já tinha conversado com o meu mestre que queria voltar ao mundial de faixa preta. As competições internacionais são muito fortes, o jiu-jitsu lá fora cresceu muito. Os Estados Unidos estão sendo um país que vem muito forte nas competições. Os brasileiros ainda são os melhores, mas a gente tem encontrado muita dificuldade”, analisa a lutadora, que planeja iniciar a preparação para o mundial ainda em janeiro.
Ainda que avalie que o nível das competições tenha subido, Mara espera repetir o desempenho dos anos anteriores, que resultaram na liderança de dois rankings, e não esconde a adrenalina de competir em mais um mundial em sua carreira. “Quanto mais você luta, mais nervosa a gente fica. (…) Sei que as competições de faixa preta vão ser muito altas pra mim, muito difíceis. Mas o meu objetivo é conquistar tudo o que eu conquistei, em todas as faixas. E agora a gente zera o jogo. A partir de agora, a gente está zerando a pontuação do ranking, já que eu entro na faixa preta com a posição zerada e começando a brigar por tudo novamente”, projeta.
O mundial não será a primeira vez que Mara irá lutar fora do Brasil. Apesar disso, a juiz-forana segue com orgulho por representar Juiz de Fora internacionalmente. “Acho que meu objetivo tem sido esse, representar minha cidade, Juiz de Fora, e meu país. E principalmente, meu objetivo principal no ano é trazer uma medalha de ouro para a cidade. Não tem nenhuma mulher que foi campeã mundial, como não tinha nenhuma que foi vice, e eu fui a primeira. Chegar ao nível mais alto do pódio, trazendo ouro para casa, esse é meu objetivo, trazer o mundial para nossa cidade”, relata.