Tupynambás abusa de perder gols, e só empata no Municipal
Baeta deixou passar várias oportunidades no primeiro tempo, teve dois gols anulados no segundo e ficou no 0 a 0
Tupynambás e Tombense tinham dois sóis, um para cada time, neste domingo (3), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, às 11h. Depois de abusar de perder oportunidades nos 45 minutos iniciais e ter dois gols anulados nos 45 finais, o Tupynambás deixou o gramado com a sensação de que sairia certamente com 2 pontos a mais do Mário Helênio em caso de maior precisão. O Leão do Poço Rico e o Gavião Carcará empataram em 0 a 0. O Baeta chega aos 8 pontos conquistados no Campeonato Mineiro em cinco rodadas; são duas vitórias, dois empates e uma derrota. Já o Tombense chega aos 6 pontos após uma vitória, três empates e uma derrota.
O técnico Felipe Surian lançou a campo o zagueiro Felipe Gregory, 30 anos, anunciado nesta semana como reforço do Tupynambás, no lugar de Halisson. Em relação ao jogo contra o Patrocinense, na última quarta (30), o treinador manteve Gustavo Crecci, Marcel, Igor Soares e Ademilson entre os titulares. Crecci foi deslocado para a lateral-direita, substituindo Paulinho; Marcel entrou na vaga de Matheus Pimenta, e Igor Soares e Ademilson confirmaram a titularidade substituindo, respectivamente, Vanger e Eraldo. O Leão do Poço Rico iniciou a peleja com Renan Rinaldi; Gustavo Crecci, Adriano, Felipe Gregory e Lucas Hipólito; Marcel e Léo Salino; Igor Soares, Geovani e Leandro Salino; Ademilson. Já Ricardo Drubscky, ex-treinador do Tupi, escalou o Tombense com Felipe; David, Lincoln, Reynaldo e Bruninho; Rodrigo e Lucas de Sá; Ortega, Juan e Edson; Denilson.
Chances perdidas
Embora o Tombense tenha controlado a posse de bola, o Tupynambás desperdiçou claras chances de abrir o marcador no Mário Helênio. Nos 10 minutos iniciais, o time de Drubscky ocupou o campo do Baeta buscando, sem sucesso, espaços no sistema defensivo de Surian com boa participação de Juan, ex-CSA, Coritiba e Flamengo. Dez do Gavião Carcará, Juan concentrou a distribuição da bola. Entretanto, foi do Baeta a primeira finalização da peleja; aos 11 minutos, Igor Soares, à frente da área, recebeu a bola após dividida de Léo Salino e buscou o gol de Felipe com a canhota. A bola explodiu no zagueiro Lincoln e morreu na linha de fundo. Aos 19 minutos, o Tombense chegou pela primeira vez. Na ponta esquerda, Juan serviu Bruninho em direção à linha de fundo, o lateral-esquerdo cruzou, mas Denilson, no primeiro pau, cabeceou sobre o gol de Renan Rinaldi. Bola do Gavião Carcará nos 20 primeiros minutos, mas, chances claras, somente na segunda metade.
Crecci e Igor Soares entendem-se por música. Marcado, na ponta direita, Igor, de letra, deixou Crecci em ótimas condições para cruzamento. A bola, entretanto, atravessou toda a área de Felipe sem que nenhum jogador alvirrubro tenha a alcançado, para desespero dos presentes nas arquibancada do Mário Helênio. Mesmo impreciso em determinadas saídas para contra-ataques, o Tupynambás se impôs diante do adversário. Aos 24, Leandro Salino ouviu o que não queria dos torcedores; o volante apareceu livre na área às costas da defesa do Tombense após belo passe de Geovani, mas, como quem não acreditava em sua condição, finalizou fraco, nas mãos do abençoado Felipe. Aos 28, em levantamento lateral de Lucas Hipólito diretamente na área, a defesa do Tombense bate cabeça e Adê tem a finalização bloqueada.
Nos 5 minutos derradeiros, o Baeta desprezou a própria sorte. Aos 40, Leandro Salino sairia cara a cara com Felipe após belo passe de trivela de Igor Soares caso não tivesse perdido a frente da jogada para o zagueiro adversário. Três minutos depois, o Tombense se mostrou no campo de ataque. Juan, próximo à entrada da área, achou David sem marcação na ponta-direita; o lateral, entretanto, cruzou nas mãos de Renan Rinaldi. Nos acréscimos, os homens de frente do Tupynambás levaram a torcida à completa loucura; a linha de defesa adversária, posicionada de maneira alta, oferecia muitos espaços. Após novo lançamento às costas de Lincoln e Reynaldo, Leandro Salino sai cara a cara com Felipe, mas prefere servir os companheiros Léo Salino e Geovani. Nenhum dos jogadores, contudo, foi em direção à bola. Na sequência, Léo Salino cruzou, a zaga do Tombense bateu roupa e Geovani, sozinho, na marca da cal, finalizou fraco nas mãos de Felipe.
Gols anulados
O Tupynambás levou o Tombense às cordas. Drubscky lançou Ricardo Jesus na vaga de Denilson na etapa final. Logo aos 2 minutos, Geovani, no bico direito da grande área, finalizou sobra em bola rente à trave direita de Felipe. No minuto seguinte, a resposta do Gavião Carcará; em boa trama na ponta direita de ataque, Ricardo Jesus, na grande área, faz o pivô após cruzamento de David e Edson, livre, finaliza sobre o gol de Renan Rinaldi. O Baeta encontrou mais espaços no sistema defensivo do Tombense, sobretudo na ponta direita de ataque com Igor Soares e Crecci. Aos 14, o Tombense mudou pela segunda vez. Trindade entrou no lugar de Lucas de Sá. Em seguida, Surian chamou Matheus Pimenta para assumir a vaga de Igor Soares. O técnico ouviu, da arquibancada, gritos de “burro”. Igor recebeu fortes aplausos da torcida do Baeta ao passar em frente à arquibancada em direção ao banco.
Em menos de 5 minutos, para o delírio da torcida, dois gols do Tupynambás anulados. Aos 17, depois de cobrança de escanteio na ponta esquerda, o ataque desviou na primeira trave e Matheus Pimenta, tão livre quanto impedido, completou para o fundo das redes de Felipe. Aos 22, Lucas Hipólito fintou três jogadores adversários no lado esquerdo da grande área e cruzou rasteiro; Adê, oportunista como só ele, completou para as redes de Felipe, mas a tristeza veio após o bandeira assinalar novamente posição irregular do marcador. Aos 25, percebendo a pressão do Tupynambás, Drubscky lançou Everton no lugar de Edson. A resposta de Surian veio, aos 28, com a saída de Léo Salino – vaiado pelos torcedores – e a entrada de Ygor. Após os dois tentos anulados, os jogadores do Leão do Poço Rico perderam o volume de jogo dada a desorganização do setor ofensivo. Aos 41, última substituição nas fileiras de Poço Rico; Geovani deu lugar a Vanger. O cansaço de ambas as equipes mostrou-se no aumento no número de faltas cometidas na segunda etapa.
Nos minutos finais, o Tupynambás se instalou no campo de defesa do Tombense. Cassio Ortega não teve a sorte de sua última visita ao Mário Helênio, quando igualou o marcador de Tupi e Tombense; aos 43, após reagir à ordem do assistente de arbitragem Guilherme Dias Camilo chutando a bola contra o bandeira, recebeu o cartão vermelho direto. Em chance derradeira, aos 45, Ygor fez belo lançamento buscando Matheus Pimenta na ponta direita. Pimenta cruzou, mas a bola passou por Vanger no segundo pau e morreu na linha lateral. O Tupynambás deixou o gramado sob tímidos protestos da torcida contra o treinador Felipe Surian. O Leão do Poço Rico volta a campo no próximo domingo (10), em Belo Horizonte, no Mineirão, para enfrentar o Cruzeiro.
Ficha técnica
Tupynambás: Renan Rinaldi; Gustavo Crecci, Adriano, Felipe Gregory e Lucas Hipólito; Marcel, Léo Salino (Ygor) e Leandro Salino; Geovani (Vanger); Igor Soares (Matheus Pimenta) e Ademilson. Técnico: Felipe Surian.
Tombense: Felipe; David, Lincoln, Reynaldo e Bruninho; Rodrigo e Lucas de Sá (Trindade); Cassio Ortega, Juan e Edson (Everton); Denilson (Ricardo Jesus). Técnico: Ricardo Drubscky.
Cartões amarelos: Tupynambás – Matheus Pimenta (43 minutos do 2° tempo); Tombense – Bruninho (36 minutos do 1° tempo) e David (30 minutos do 2° tempo).
Cartão vermelho: Tombense – Cassio Ortega (43 minutos do 2° tempo).
Público presente: 708
Renda: R$ 3.550
Arbitragem: Michel Patrick Costa Guimarães, auxiliares Guilherme Dias Camilo e Welington Pereira Neto, quarto árbitro André Luís Skettino Policarpo Bento.