Novamente o fantasma do gol no fim


Por Bruno Kaehler

01/06/2016 às 09h07

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Tupi tentou partir para cima do adversário, mas não conseguiu ser efetivo nas finalizações (Foto: Leonardo Costa)

Sob os olhares de ex-jogadores e familiares dos atletas que integraram a histórica equipe carijó rotulada como Fantasma do Mineirão, homenageados antes da partida, e no dia do aniversário de Juiz de Fora, o Tupi deu um presente de grego aos 783 torcedores pagantes e ídolos do clube presentes no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio na noite de ontem. Com gol no último lance da partida, em contexto similar ao da estreia diante do Goiás, o Alvinegro foi derrotado por 2 a 1 pelo Joinville, em duelo da quinta rodada da Série B, caindo para a 18ª posição, com os catarinenses subindo para 12º, com 6 pontos, três a mais que o adversário juiz-forano. Fernando Viana e Murilo marcaram para o Tricolor, com Giancarlo descontando pelo Galo.

A lamentação expressa no semblante dos atletas foi descrita pelo técnico do Tupi, Ricardo Drubscky. “É a segunda partida que acontece isso com a gente. Tivemos muitos bons momentos no jogo, mas não conseguimos frear os bons contra-ataques deles. Fico muito chateado porque a equipe buscou. Tivemos momentos bons, mas infelizmente a bola rondou muito a área do Joinville e não entrava, o que cria um clima de apavorar os jogadores em campo. Acho que o gol no fim foi um castigo muito grande”, relatou, reiterando, ainda, estar “chateado com o torcedor que desde os 5 minutos do segundo tempo já estava xingando”. O Carijó foca agora no Londrina, adversário do próximo sábado, no Estádio do Café, às 16h.

O jogo
Era a segunda partida consecutiva no Estádio Municipal com homenagens e comemoração de um aniversário. Após ex-atletas e familiares dos comandados por Geraldo Magela em 1966 receberem aplausos e o reconhecimento pela história marcada no Tupi, a bola rolou com a equipe que também foi fantasma do Papão no último duelo em Juiz de Fora, desta vez formada por Glaysson; Henrique, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Filipe Alves; Jonathan, Recife, Marcos Serrato e Thiago Silvy; Giancarlo. Os alvinegros pareciam inspirados pelos heróis da década de 60 e dispostos a assustar o Joinville. Foram três oportunidades claras de gol construídas e desperdiçadas por diferentes jogadores do Galo até os 20 minutos. Aos 8 em chute de Jonathan, aos 14 em cabeçada perigosa de Heitor, e quatro minutos depois, com Bruno Costa, de dentro da área, arrematando por cima da meta.

A estratégia da representação catarinense era clara. Acuado, o Tricolor só havia ameaçado Glaysson em cobrança de falta de Bruno Aguiar, próxima do ângulo direito do alvo, e se aproveitava dos erros do Tupi para contra-atacar nas costas dos laterais. Desta forma, o atacante Fernando Viana causou temor na arquibancada. O jogador recebeu, dentro da área, passe de Juninho, que foi ao fundo pelo lado esquerdo, balançando as redes em um toque. A tentativa de resposta carijó veio quatro minutos depois, quando o zagueiro Heitor assombrou novamente a defesa adversária, cabeceando bola para grande defesa de Oliveira.

Os atacantes Ygor – também aniversariante do dia – e Michel Henrique foram escolhidos pelo técnico Ricardo Drubscky para qualificar as finalizações dos donos da casa, substituindo Marcos Serrato e Jonathan no intervalo. As estratégias eram as mesmas na segunda etapa, mas o minuto número 10 reservava desfecho diferente à insistência carijó. Em jogada pela direita, a bola foi levantada na área tricolor, a defesa parou e a bola sobrou para Giancarlo, livre, empatar o duelo. A partida seguiu com o Tupi controlando a posse de bola e o Joinville buscando velozes contra-ataques pelos flancos, mas parando em Glaysson. Sem grandes chances, os espaços deixados atrás foram cruciais e, no último minuto do embate, em novo contra-ataque, Murilo saiu de frente para o gol, causando pânico aos carijós com o fantasma do gol no fim, dando números finais ao evento: 2 a 1 Joinville.

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