Empresária de Juiz de Fora cuida de negócio familiar que completará seis décadas
Encerrando a série Mulheres Empreendedoras, Simone Mourão de Castro, dona da Copo da Saúde, concede entrevista na rádio Transamérica
Em 2024, o ponto comercial Copo da Saúde vai completar 60 anos de funcionamento em Juiz de Fora. A casa de sucos e vitaminas, que também vende bananas, funciona no mesmo local há seis décadas, na Avenida Rio Branco, 174, em frente ao prédio da Cesama – e não por acaso. Para Simone Mourão de Castro, última entrevistada da série Mulheres Empreendedoras, na Rádio Transamérica, e que está há 17 anos à frente do comércio que foi iniciado por seus tios, é essencial manter a tradição que o lugar tem. “Ano passado, fomos trocar a placa e sugeriram várias mudanças. Mas eu quis que ficasse igual. (…) Eu não quero fugir da essência do lugar”, revela.
A empresária explica que a ideia de abrir um espaço assim surgiu quando seu tio, que estava chegando em Juiz de Fora vindo de Belo Horizonte, viu o mesmo ponto sendo alugado e imediatamente pensou nos empreendimentos de suco dos quais tinha gostado na outra cidade mineira. “Chamou um irmão dele e assim tudo começou”, relembra. A casa continua sendo alugada, e ela revela que eles não quiseram mesmo sair daquele ponto, considerado por ela como “bem estratégico”.
Pela localização que tem, ela afirma que o público acaba sendo bem variado. “Têm os senhores que estão ali todos os dias comprando a bananinha e tem pessoas jovens que estão na academia e vão beber aquela vitamina”, conta. A responsabilidade, para ela, é conseguir manter a casa funcionando e levar para frente o negócio familiar, que tem carga afetiva para todos. “Tentamos manter o comércio com toda a essência de trinta ou quarenta anos atrás. Queria manter isso mesmo em meio a toda modernidade que existe hoje. Esse é o maior desafio”, comenta.
Para comemorar as seis décadas em funcionamento, ela ainda conta que “ano que vem tem festa”. Apesar do otimismo, confessa que por vezes estar comandando um negócio assim acaba sendo difícil, principalmente com todas as cobranças destinadas às mulheres. “Sinto que a maior dificuldade é o medo de não dar conta de tudo, porque são inúmeras funções: casa, esposa, mãe e comerciante. Mas no final dá certo, a gente supera tudo”, diz.