JF perde mais de dois mil empregos no ano
Juiz de Fora já fechou 2.369 empregos com carteira assinada este ano, considerando os dados até novembro. O número é 7,5% menor do que o verificado no mesmo período do ano anterior (-2.562). Novembro manteve a tendência verificada em todo o ano de resultado negativo na empregabilidade, com a redução de 161 postos formais. No mesmo mês do ano passado, o cenário foi inverso. Na época, a cidade abriu 91 novas oportunidades. Em relação a outubro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também demonstra piora no desempenho municipal. Naquele mês, as demissões superaram as contratações em 104 oportunidades. Vale lembrar que novembro é um dos três meses em que era esperado impacto positivo das contratações temporárias para o Natal. Em 12 meses, a retração chega a 3.606 vagas na cidade.
Conforme os dados divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Minas Gerais também apresentou desempenho negativo no penúltimo mês do ano. No total, foram extintas 11.402 vagas celetistas. No acumulado do ano até novembro, o número chega a 66.238. Os reflexos do desaquecimento do mercado formal também são vistos à nível nacional. Neste ano, foram perdidos 116.747 postos com carteira assinada – no ano passado, nesse mesmo mês, haviam sido 130.629. O Caged mostra ainda que, no acumulado do ano, a queda registrada atingiu o montante de 858.333 postos de trabalho a menos, declínio de 2,16%. No período de 12 meses, o número de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma perda de 3,65%.
Desemprego
Também nesta quarta, o IBGE divulgou os dados sobre desemprego, que atingiu 12,1 milhões de pessoas no país, o que representa 11,9% de desocupados no trimestre encerrado em novembro. A taxa de desocupação e o contingente de pessoas são os mais altos da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Os dados são semelhantes aos do trimestre imediatamente anterior (junho a agosto), quando a taxa de desocupação fechou em 11,8%. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve alta de 2,9 pontos percentuais. O rendimento médio real fechou o trimestre em R$ 2.032, ficando estável frente ao período de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027) e também ante o mesmo período do ano anterior (R$ 2.041). Os trabalhadores por conta própria apresentaram queda no rendimento real de 2,7%, informou o instituto.