Salário mínimo será reajustado para R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro
Valor mínimo diário passa a ser de R$ 54,04, enquanto o valor da hora trabalhada ficará em R$ 7,37
O Governo Federal publicou nesta quarta-feira (24), no Diário Oficial da União, o Decreto nº 12.797, que oficializa o novo valor do salário mínimo a partir de 1º de janeiro de 2026. A norma estabelece o reajuste do piso nacional de R$ 1.518 para R$ 1.621, o que representa um aumento de 6,79%.
Com o novo valor, o salário mínimo diário passará a ser de R$ 54,04, enquanto o valor da hora trabalhada ficará em R$ 7,37.

A correção do salário mínimo segue as diretrizes da Política de Valorização do Salário Mínimo, retomada pelo Governo em 2023 e aprovada pelo Congresso Nacional. Essa política determina que os reajustes anuais considerem a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior, somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Desde 1º de janeiro de 2024, essa regra passou a valer oficialmente, com o objetivo de assegurar ganhos reais aos trabalhadores sempre que a economia apresentar crescimento.
Para o reajuste válido em 2026, o cálculo levou em conta o INPC acumulado de 4,18% e o desempenho do PIB de 2024. No dia 4 de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou os dados do Produto Interno Bruto e confirmou uma expansão de 3,4%. No entanto, o arcabouço fiscal — mecanismo criado para controlar a evolução dos gastos públicos — estabelece que o ganho real acima da inflação seja limitado a um intervalo que varia entre 0,6% e 2,5%.
Dessa forma, pela aplicação da regra, o valor do salário mínimo para 2026 seria de R$ 1.620,99. Como a legislação prevê o arredondamento do valor final, o piso nacional foi fixado em R$ 1.621, totalizando um reajuste de 6,79% em relação ao valor vigente.









