O impacto invisível do teatro
Entre risos, silêncios e descobertas, o que se vive no palco vai além da contagem de assentos; saiba o que está em cartaz na cidade
Ainda no luto temporário da 22ª CPTD, é possível relembrar que milhares de pessoas foram levadas às salas de espetáculos da cidade. Teatros cheios e artistas em cena, noite após noite, é algo memorável. Quase sempre a pergunta que fica é sobre o número de pessoas que assistiram aos espetáculos. Mas até que ponto os números dizem tudo sobre o que se viveu?
Reduzir o público a estatísticas é ignorar o essencial. Porque não é apenas “quantos foram”, mas “o que viveram”. O olhar da criança que descobre o palco pela primeira vez, os risos, o silêncio pesado de uma plateia inteira diante de uma cena dolorosa, isso tudo são experiências que não podem e nem devem ser medidas em números.
A cultura, muitas vezes, é tratada como produto, claro, há seus momentos para isso. Mede-se ingresso, ocupação, retorno financeiro. Mas, no cerne da questão, é claro que seu impacto é sempre maior e mais profundo, o teatro, por exemplo, atravessa subjetividades, provoca reflexões, gera memórias, funda hábitos. Um espetáculo que não lota uma sala pode, ainda assim, transformar radicalmente quem esteve lá.
É claro que números importam, sobretudo em uma cidade onde políticas culturais ainda carecem de estrutura. Mas o desafio está em não deixar que eles se tornem a única régua para medir uma produção. O público não é apenas uma massa a ser contada, mas também uma comunidade em formação. No fim das contas, o teatro não mede quantidade, mede impacto e isso quase nunca cabe em número.
Teatro em Juiz de Fora
Diante do rito do encontro, muitos instantes únicos estão prestes a acontecer na cidade – e fora dela. Neste sábado (13), o Teatro Solar será palco de “Marginal Genet”, de Francis Mayer, que aborda a vida do escritor francês Jean Genet e seu relacionamento com quatro personagens marginalizados. A peça, com duração de 70 minutos, está com ingressos disponíveis via Sympla para maiores de 18 anos, às 20h.
No Teatro Paschoal Carlos Magno, o Grupo Academia estreia, nesta quinta-feira (11), o musical “A Fantástica trupe da esperança”, com apresentações nos dias 11, 16, 17, 18 e 23 de setembro, sempre às 20h. O espetáculo mistura circo, música e dança, contando a história de crianças e um animal que encontram uma trupe de circo e enfrentam desafios coletivos. Ingressos a partir de R$ 18 via Sympla.
No sábado (13), o musical “Passeio no Tornado” terá sua última sessão, às 19h30, no Teatro da Filarmônica. O espetáculo, que já lotou sessões anteriores, tem direção de Alícia Bretas, direção musical de Caiho Carrara e produção geral de Caio Schiavon. Ingressos à venda pela plataforma Uniticket ou pelo WhatsApp: 32 99133-2944.
A CIA Eita! já está em preparação para levar o espetáculo “Assinado, Téo” ao 17º FENATIFS – Festival Nacional de Teatro Infantil de Feira de Santana, que ocorrerá de 1 a 12 de outubro de 2025.
Ainda no Paschoal Carlos Magno, a montagem “Nastácia”, vencedora do Prêmio Shell e do prêmio da Associação de Produtores de Teatro (APTR), chega para duas apresentações únicas: 20 e 21 de setembro. Com direção de Miwa Yanagizawa e cenários de Ronaldo Fraga, a peça traz à cena a heroína Nastácia Filíppovna, de Dostoiévski (“O idiota”), em uma experiência que une teatro, artes visuais e música.
Do Grupo Teatral CriArte, em parceria com a Entreato, “As loucas”, adaptação de “A gaiola das loucas”, já iniciou a venda de ingressos. As apresentações acontecem nos dias 3, 5 e 10 de outubro.