Treinador e lateral de Juiz de Fora disputam final da Copa Rio contra time de Romário
Alex Nascif e Lucas Santos integram a Portuguesa-RJ, que enfrenta o América-RJ na final da Copa Rio
A final da Copa Rio 2025 terá a participação de três juiz-foranos. O treinador Alex Nascif e o lateral-direito Lucas Santos, além do auxiliar técnico Wanderley Tavares, defendem a Portuguesa-RJ, que encara o América-RJ, clube presidido pelo tetracampeão mundial Romário, na decisão do torneio. O título vale também uma vaga em competição nacional de 2026: o campeão escolhe entre a Série D do Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, enquanto o vice fica com a outra vaga.
O primeiro jogo da final acontece no próximo domingo (14), às 15h, no Estádio Giulite Coutinho, casa do América-RJ. Já o segundo confronto ocorre no dia 20, às 18h, no Estádio Luso Brasileiro, onde a Portuguesa manda seus jogos.
Juiz-forano em ação
Lucas Santos, ex-Tupynambás, chegou recentemente ao clube e estreou no último jogo, contra o Maricá, na semifinal. Ele destacou a importância do convite e do reencontro com o treinador. “É um time de camisa e tamanha grandeza é sempre uma honra. Outro fator importante foi a ida do Alex (Nascif) como treinador, que sempre me ajudou muito. Trabalhei com ele na base e pude reencontrá-lo agora na Portuguesa”, afirma à Tribuna.
O lateral conta ainda que foi bem recebido no elenco e explica seus principais atributos. “Estou jogando como lateral-direito, minha posição de origem. Minhas principais características são intensidade, marcação forte e apoio no ataque. Quero contribuir defensiva e ofensivamente, sempre colocando o coletivo em primeiro lugar.”
Confiante na decisão, Lucas acredita na força de sua equipe. “É uma final, então sabemos que será muito disputada, mas confio na nossa equipe, na preparação e na força do grupo. A Portuguesa tem totais condições de conquistar esse título, e vamos lutar até o fim para trazer essa conquista para a torcida.”

Técnico dribla desafios e leva Portuguesa à final
O treinador Alex Nascif, que, recentemente, conseguiu o acesso com o Betim para o Módulo I do Campeonato Mineiro e teve boa participação na elite neste ano, assumiu a Portuguesa no dia 3 de julho. “A estreia já seria no dia 30, então tivemos pouquíssimo tempo para trabalhar. No meu primeiro treino, eu tinha apenas seis jogadores de linha. A primeira parte do trabalho foi contratar jogadores e colocar os que estavam chegando em boa forma física. A partir disso, começamos a trabalhar os componentes táticos, sempre tentando entrelaçar o físico com o tático, mas tivemos muita dificuldade para montar o elenco”, conta.
Na visão do treinador, que já conhecia Lucas Santos das categorias de base da UFJF, diz que o lateral será importa na decisão. “É um jogador de muita qualidade técnica, muito inteligente. Estreou justamente no jogo em que perdemos o Diego, com ruptura de LCA (ligamento cruzado anterior). Entrou bem, é esforçado, técnico, e tem tudo para nos ajudar nessa final”.
Para Alex, a palavra-chave da campanha foi equilíbrio. “Espero que a equipe tenha controle mental. Fomos crescendo ao longo da competição, que é mata-mata, de vida ou morte, o que gera ansiedade e faz os detalhes serem decisivos. A maior combinação é achar o condicionamento físico, o tático e suportar os jogos.”
Confiança
O treinador reconhece a força do adversário, mas confia no crescimento da Portuguesa. “O América é muito tradicional, comandado pelo presidente Romário, e sabemos da dificuldade. Eles estão juntos desde o início da Série A2, há mais de cinco meses, enquanto nós temos dois meses, sendo talvez apenas um mês com o elenco completo. Por isso, precisamos ser merecedores e tomar as melhores decisões.”
A decisão será em dois jogos, com a partida de volta prevista para ser disputada em casa pela Portuguesa. Para Alex, o fator local não altera a responsabilidade. “Não vejo grande benefício. Talvez o América tenha vantagem por estar junto há mais tempo, mas vamos jogar a final como jogamos os outros confrontos: vida ou morte, só que agora valendo taça”.
Já Lucas acredita que o apoio da torcida pode fazer a diferença. “Decidir em casa é um fator positivo. Jogar ao lado da torcida faz diferença, dá um ânimo a mais. Tenho certeza de que eles vão comparecer em peso, empurrar a equipe do início ao fim, e vamos dar tudo para retribuir esse apoio com a vitória e o tetracampeonato”, acredita o jogador.
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