‘Vai bem com um queijinho’: conheça 6 produtos artesanais mineiros que se harmonizam com a iguaria
Com reconhecimento do queijo minas artesanal como patrimônio, outros produtos passam a ser valorizados e criam combinações únicas
Na mesa de mineiro não pode faltar um queijo. Mas esse queijo não vem sozinho, não: precisa de acompanhamento, ainda que permaneça como atrativo principal. Está presente na hora do cafezinho, em uma noite de vinhos, junto com a sobremesa e até nos pratos mais finos. Com o reconhecimento da Unesco da iguaria como patrimônio imaterial da humanidade, outros produtos artesanais passaram a ser valorizados juntos. Quando um cresce, todos crescem juntos – de preferência, harmonizados.
Confira lista de produtos artesanais mineiros:
Café
Servir café com um queijinho cortado ao lado é um clássico, e serve para qualquer hora do dia (muitas vezes, inclusive, várias vezes ao dia). O café, afinal, também é uma forte tradição do estado, que tem produções antigas e de alta qualidade, chegando a exportar até para fora do país. E são cafés especiais, com um padrão de qualidade altíssimo, como é o caso da Reserva Heitor, propiciados pelo clima mineiro e pela tradição dos produtores rurais mineiros. Tem gente que mistura o queijo e o café na boca, tem gente que morde um e depois toma o outro, tem gente que acredita em uma separação mais religiosa entre os dois. Seja como for, os dois produtos juntos são a cara do estado e se harmonizam sem dificuldade.
Vinho
Os franceses que nos desculpem, mas Minas Gerais faz o “vin” e o “fromage” com personalidade. Apesar de grande parte das vinícolas mineiras serem recentes, muitas já estão tendo protagonismo nacional, como é o caso da Casa Bruxel, no Cerrado Mineiro, que faz do vinho rosé ao vinho tinto terroir. Em apenas três anos, o número de produtores saltou de 21 para 90, de acordo com dados do estado, provando que essa combinação promete se intensificar ainda mais nos próximos anos. E os especialistas recomendam: enquanto os rosés combinam mais com os Queijos Minas Artesanais de pouca maturação, os vinhos tintos podem ser degustados junto com os de maturação maior e mais secos.
Doce de leite
Irmãos de leite, o queijo e o doce têm sabores completamente diferentes, mas que juntos ficam ainda melhores. Enquanto as histórias do início da produção de doce de leite variam, é certo que Minas Gerais é uma das expoentes da iguaria, com marcas famosas como o Dom, Doce de Leite Viçosa e tantos outros. Assim como o sabor do queijo muda de acordo com a região e o tipo de gado, acontece o mesmo com o doce de leite, o que praticamente obriga os interessados a irem provando de cidade em cidade. É uma curiosidade praticamente histórica.
Goiabada
Esse doce passou a ser tradição brasileira quando os colonos portugueses substituíram o marmelo pela goiaba na fabricação da marmelada, que era uma iguaria tradicional de Portugal. Que acerto! A goiaba, que existia em abundância nas fazendas, assim encontrou o par romântico perfeito pertinho do queijo mineiro, em uma combinação que deveria ganhar de Oscars a Nobels. Romeu e Julieta, a combinação do queijo com a goiabada, foi nascido também em Minas. E, por isso, não pode faltar na lista.
Geleias
As geleias também são um destaque da produção artesanal mineira: podem ser de morango, framboesa, goiaba, manga, jabuticaba e até pimenta. Minas Gerais inclusive viu um ligeiro crescimento nos últimos anos desses produtos, devido à pandemia e à facilidade de conservação com qualidade das geleias, fazendo com que essa seja uma nova promessa do estado. Seja como for, a geleia pode se encontrar com o queijo no pão ou mesmo só sendo colocada em cima dele, dando um gostinho a mais. Vale experimentar.
Alta gastronomia
Com o reconhecimento do modo de fazer Queijo Minas Artesanal pela Unesco, o alimento deixa de pertencer só à tradição do estado e passa a ocupar um status importante na gastronomia. Se queijo bries e gorgonzola são usados em tantos pratos sofisticados, por que o mesmo não pode acontecer com o queijo minas artesanal? É isso que diferentes chefes estão propondo. É o caso, por exemplo, de Caio Soter, que promoveu um menu em que o queijo Minas é protagonista, seja acompanhado por carnes ou massas, da entradinha à sobremesa.